Açúcar fecha semana com queda acumulada de mais de 5% em NY
Os futuros do açúcar fecharam a sessão desta sexta-feira (18) com queda leve nas bolsas de Nova York e Londres, completando a sétima sessão seguida de baixas no terminal norte-americano. O mercado seguiu o cenário macroeconômico e novidades da oferta global da commodity e do Brasil.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou desvalorização de 0,30%, cotado a US$ 16,66 c/lb, com máxima de 16,94 c/lb e mínima de 16,56 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres teve perda de 0,38% na sessão, negociado a US$ 423,40 a tonelada.
Na semana, o mercado do adoçante em Nova York perdeu mais de 5%.
Na véspera, o mercado do açúcar caiu quase 3%, mas reverteu parte das perdas com algumas valorizações pela manhã. Na parte da tarde, o cenário logo foi revertido com retomada das informações relacionadas com a oferta global da commodity nas safras 2020/21 e 2021/22, além das chuvas no Brasil.
Apesar de queda na produção da safra brasileira na nova temporada, há expectativas positivas para a safra de outras importantes origens, como a Índia, segundo o banco alemão Commerzbank.
Semana foi marcada por seguidas valorizações no mercado físico brasileiro
A trading inglesa Czarnikow soltou estimativa nesta semana apontando que a safra global 2021/22 (outubro-setembro) deve ter um superávit de 1,5 milhão de toneladas com elevação na produção em importantes origens, sobre um dado de 2,7 milhões de t na atual temporada.
As chuvas no Brasil também contribuíram para as perdas durante a semana. "As áreas de cultivo do Brasil estão recebendo chuvas benéficas, com o Paraná e partes de São Paulo com as melhores precipitações", disse em relatório o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
"A produção foi prejudicada devido ao clima seco no início do ano", complementou o analista.
Além dos fundamentos, os últimos dias também foram marcados por perdas generalizadas nas commodities com o cenário macroeconômico global. "Qualquer calibração dos micro-fundamentos do açúcar terá que esperar até que este macro-terremoto e quaisquer tremores secundários acabem", disse à Reuters Tobin Gorey, analista do Commonwealth Bank of Australia.
Mercado interno
O mercado físico do açúcar seguiu com preços mais altos durante toda esta semana. Como referência, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 0,16%, cotado a R$ 117,76 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 124,55 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 17,91 c/lb com queda de 0,06%.
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