Açúcar fecha 4ª no campo misto na Bolsa de NY, mas recua em Londres

Publicado em 09/06/2021 14:37 e atualizado em 09/06/2021 20:13
Mercado ainda não tem consenso sobre números da moagem na 2ª quinzena de maio no CS do Brasil

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​As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (09) entre ganhos e perdas na Bolsa de Nova York nos principais contratos, mas recuo em Londres. O dia foi marcado por ampla oscilação nos terminais com acompanhamento do financeiro e continuidade dos temores com a safra 2021/22 do Brasil.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 0,11% no dia, cotado a US$ 17,73 c/lb, com máxima de 17,90 c/lb e mínima de 17,56 c/lb, mas oscilação entre ganhos e perdas nos outros vencimentos. Enquanto que o tipo branco em Londres teve salto de 1,35%, negociado a US$ 465,50 a tonelada.

O mercado em Nova York iniciou o dia com ganhos, depois de saltar quase 2% no primeiro vencimento na última sessão. No entanto, houve oscilação durante todo o dia entre ganhos e perdas em busca de um direcionamento das cotações com movimentos técnicos, mas acompanhamento dos fundamentos, principalmente o Brasil.

A S&P Global Platts consultou 12 analistas em 8 de junho e levantou que a produção de açúcar na segunda quinzena de maio no Centro-Sul do Brasil deve ter um salto anual de 1,3%, para 2,590 milhões de toneladas. Caso confirmado, o volume seria recorde para o período. Porém, algumas consultorias acreditam até em queda.

Cana-de-açúcar - Foto: CNA/Divulgação
No mercado brasileiro, indicador Cepea tem recuo pelo segundo dia consecutivo - Foto: CNA

"Esse aumento no açúcar pode ser atribuído principalmente ao severo clima seco na região Centro-Sul, que foi convertido em um aumento do ATR - o açúcar total recuperável da cana", destacou a S&P. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) deve divulgar os dados oficiais da segunda quinzena de maio no Centro-Sul do Brasil nos próximos dias.

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Além disso, ainda no Brasil, há o acompanhamento das condições climáticas. “Os preços do açúcar caíram de seus melhores níveis hoje depois que a Maxar Technologies disse que chuvas acima do normal são esperadas para a maior parte do Brasil nos próximos cinco dias”, pontuou a fornecedora de informações de commodities Barchart.

O financeiro também teve papel importante nas movimentações do mercado do adoçante no dia. O petróleo oscilava entre ganhos e perdas nesta tarde, mas segue ao redor dos US$ 70 o barril para o Brent e o WTI acompanhando a demanda. Por outro lado, o dólar registrava valorização sobre real, o que tende a encorajar as exportações.

“Os preços mais altos do petróleo são positivos para os preços do etanol e podem levar as usinas de açúcar do Brasil a desviarem a moagem da cana para a produção do biocombustível em vez da produção de açúcar, reduzindo assim o fornecimento”, disse a Barchart.

Mercado interno

Depois de firmeza nos últimos dias, o indicador do açúcar em São Paulo caiu pelo segundo dia seguido nesta terça-feira. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve queda de 0,29%, cotado a R$ 116,22 a saca de 50 kg.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 124,52 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 18,61 c/lb com alta de 1,45%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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