Com previsão de chuvas, açúcar inicia semana com perda de quase 2% em NY e Londres
Os contratos futuros do açúcar recuaram expressivamente nesta sessão de segunda-feira (07) nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu pressão possível retorno das chuvas, realização de lucros, além de ser um dia mais negativo para o financeiro global, incluindo o petróleo.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou desvalorização de 1,86% no dia, cotado a US$ 17,38 c/lb, com máxima de 17,83 c/lb e mínima de 17,32 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres teve recuo de 1,54%, negociado a US$ 459,30 a tonelada.
Depois de alta de mais de 2% no acumulado da semana passada para o adoçante em Nova York, a nova semana começou com movimentação técnica para as bolsas externas. Além disso, houve foco no financeiro, principalmente com desvalorização do petróleo.
"Os preços mais baixos do petróleo são negativos para os preços do etanol e podem levar as usinas de açúcar do Brasil a desviar a moagem da cana para a produção de açúcar, aumentando assim a oferta", destacou a fornecedora de informações de commodities Barchart.
Nos fundamentos, a atenção do mercado segue para a safra brasileira com o indicativo de que podem ocorrer chuvas nas áreas produtoras do Centro-Sul até quarta-feira, segundo a Barchart. Ainda assim, seguem os temores com a nova temporada de cana-de-açúcar diante da condição dos últimos meses.
Mercado segue acompanhando informações sobre o andamento da safra 2021/22 no CS - Foto: Reuters
O ano de 2021, até o mês de maio, registrava no Centro-Sul volume de chuva 44% abaixo da média histórica, segundo a trading inglesa Czarnikow, com eminentes impactos para a safra de cana-de-açúcar.
"Os canaviais têm enfrentado clima adverso desde o ano passado. Portanto, a planta se encontra mais sensível à estiagem atual e com uma chance de quebra ainda maior", disse a trading em relatório divulgado no final da semana passada.
A trading projeta a moagem de cana no Centro-Sul entre 548 e 558 milhões de t em 2021/22, ante 605 milhões de t na safra anterior. A produção de açúcar na nova temporada deve ficar entre 34,9 e 35,7 milhões de t, com uma safra total de etanol podendo variar entre 23,7 e 24,4 bilhões de litros, sobre 30,4 bilhões de litros em 2020/21.
Veja mais:
» Cana: Centro-Sul do BR tem chuvas 44% abaixo da média neste início de 2021, estima Czarnikow
Mercado interno
A última semana terminou com valorização nos futuros do açúcar no mercado brasileiro. Como referência, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,37%, cotado a R$ 116,77 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 124,52 a saca, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 18,69 c/lb com alta de 1,59%.
ETANOL
O Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ - São Paulo teve alta de 4,17% na última semana, a R$ 2,9983 o litro, enquanto que o anidro subiu 0,88%, a R$ 3,4379 o litro.
0 comentário
Açúcar abre em alta nesta 2ª feira e recupera parte das perdas registradas na última semana
Estável nesta 6ª feira (20), açúcar encerra semana com baixas acumuladas de mais de 5% em NY
Preços do açúcar seguem com nova redução nas bolsas de NY e Londres nesta 6ª feira
Presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA participa de encontro em João Pessoa
Açúcar abre próximo da estabilidade e caminha para perda semanal acima de 6% em NY
Câmara aprova programa de incentivo a fontes renováveis e inclui produtores de cana