Produção de açúcar no Centro-Sul cai mais de 30% na 1ª quinzena de abril, projeta S&P Global Platts
A produção de açúcar na primeira quinzena de abril no Centro-Sul do Brasil deve totalizar 650 mil toneladas, com queda 33% ante o mesmo período do ciclo anterior, segundo pesquisa da S&P Global Platts finalizada em 26 de abril com 11 analistas, reforçando o atraso da safra 2021/22.
O levantamento aponta números levemente maiores do que a divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) que estimou na véspera produção do adoçante em 624,1 mil t (-35,75%).
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Dos 11 analistas consultados pela fornecedora de informações sobre energia e commodities, duas tradings estimaram a moagem total de cana no Centro-Sul entre 9 e 22,7 milhões de t. A estimativa média ficou em 15,95 milhões de t, com recuo de cerca de 29% ante o ciclo anterior.
O ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) parcial por tonelada de cana-de-açúcar deve ser de 111,4 quilos, uma redução de 1,3% de um ano para o outro.
“A queda na cana moída, na produção de açúcar e no etanol produzido pode ser explicada pelo atraso de duas semanas no início da safra por causa da má maturação da cana e do menor número de usinas em operação desde 16 de abril em relação ao ano passado”, disse um comerciante paulista para a S&P.
"Havia cerca de 20-30 usinas a menos em operação em 16 de abril em comparação com o ano passado", complementou.
A produção total de etanol no período foi estimada pela S&P em 689 milhões de litros, com recuo de 23,5% em relação ao ano anterior, sendo 573 milhões de l de hidratado e 116 milhões de l de anidro. O percentual destinado para a produção de açúcar deve ser de cerca de 38%, sobre 40,15% no último ano.
"Embora os produtores brasileiros tenham aproveitado os recentes altos preços do etanol hidratado, as expectativas de longo prazo são de que as usinas continuem maximizando sua produção de açúcar, dada a maior lucratividade da produção do adoçante em relação à produção de etanol", disse a fornecedora internacional.
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