Cana-de-açúcar: Safra 2019/2020 tem estimativa de 8.384,4 mil hectares
Para a safra 2019/2020, a área total de cana-de-açúcar a ser colhida está estimada em 8.384,4 mil hectares, representando uma redução de 2,4% em relação ao ocorrido na temporada passada. A estimativa de produção para safra 2019/2020 de cana-de-açúcar é de 622.268,2 mil toneladas, o que indica uma redução de 0,3% em relação à safra anterior. Os dados foram divulgados em boletim na manhã desta quinta-feira (22) pela Conab.
Os números indicam que em São Paulo, o maior produtor nacional da cana-de-açúcar, terá uma diminuição de 2,2% em comparação à safra passada, sendo estimada a colheita de 325.542,8 mil toneladas de cana-de-açúcar.
Além da estimativa, o órgão divulgou ainda que o estado de São Paulo, deverá ter uma redução na área de 212,5 mil hectares. A redução acontece principalmente devido ao expansivo aumento do plantio de soja na região. Ainda de acordo com a Conab, a mudança acontecerá principalmente nas áreas de fornecedores.
Conab reduz previsões para produção de etanol e açúcar do centro-sul
O Paraná também deverá ter uma queda de produtividade estimada em 6,1% em relação ao último período, em decorrência da área de corte que está estimada em 534,4 mil hectares. Segundo o órgão, está sendo priorizado na região as áreas que são aptas para a realização de colheita mecanizada, além da concorrência que o setor enfrenta com outras culturas, como soja e milho.
Em Minas Gerais, também é esperado a diminuição de 1,6% na área de produção. Os números devem cair porque, segundo o Conab, muitos fornecedores decidiram migrar para o cultivo de outras culturas na região.
Já para Goiás, o segundo maior produtor rural, existe a perspectiva de incremento na área e um aumento de 3,4% maior que os números da safra 2018/2019, com a expectativa de serem colhidos 948,3 mil hectares. As estimativas indicam que serão colhidos 948,3 mil hectares da cultura na nova safra. A região do Mato Grosso do Sul também tem a expectativa de aumento, prevendo cerca de 668,7 mil hectares.
A região de Pernambuco, assim como Alagoas, perdeu muita área cultivada nos últimos anos. No entanto, para esta safra, há perspectiva de incremento de 1,4% em relaçãoà temporada anterior, estimado em 234,5 mil hectares.
Açúcar: Indicador continua em alta; mercado tem baixa liquidez
1 comentário
Alta do petróleo evita perda mais expressiva e açúcar fecha 6ª feira (22) com variações mistas
Açúcar recupera perdas em NY, sobe quase 1% e fica quase estável no acumulado semanal
Futuros do açúcar seguem pressionados e abrem novamente em queda nesta 6ª feira (22)
Açúcar cai mais de 1% em NY pressionado por previsão de menor déficit global em 2024/25
Açúcar amplia queda em NY e Londres e cotações trabalham próximas às mínimas deste mês
Açúcar abre novamente em queda e já devolve ganhos acentuados do início da semana
Diana Paula Hoffmann Araranguá - SC
Na verdade o boletim do Conab diz que será um acréscimo de 0,3% em relação à safra anterior e não uma redução.
Nas últimas semanas enfrentamos grave crise e segundo informações decorre de queimadas e desmatamentos legais e ilegais. Ao mesmo tempo, muitos culpam o agronegócio em face da necessidade de expansão dos empreendimentos. Bem, pelo sim ou pelo não, o artigo em tela me faz refletir sobre a grande quantidade de terras férteis, utilizadas para a produção de açúcar e etanol; em especial no Estado de São Paulo, além da predominância da pecuária de leite, corte, soja e milho em praticamente todos os estados. Pois bem, eu sei que, ao contrario, mas se as inúmeras atividades do campo fossem distribuídas geograficamente, de modo a atender todas as demandas, não seria mais producente? No meu modo de pensar sim, pois se temos a predominância de alguns tipos de cultura na maioria dos estados, obviamente haverá necessidade de novas áreas e por consequência teremos os desmatamentos seguidos das queimadas. Abraços.