Dólar forte favorece a fixação do açúcar, mas moderadamente com NY sem apetite
A pouca motivação que o açúcar vem tendo em Nova York acabou ligeiramente compensada para as usinas brasileiras nestes dias com o dólar sancionando, com altas, a ampliação da disputa entre o Planalto e os parlamentares em torno da reforma da Previdência. As empresas aproveitam a alta da divisa americana e fixaram um volume maior da commodity.
Não é algo muito expressivo, mas o movimento de avanço em torno de 1 milhão de toneladas é creditado ao prêmio câmbio dos últimos dias. No levantamento da Safras & Mercados, a média desta quarta-feira (27) é de 10,5 a 11 milhões de toneladas fixadas da safra 19/20.
O maio ICE fechou estável em relação à véspera, em 12.58 c/lp ( menos 1 ponto), perseguindo esse média nos últimos dias, sem se aproximar dos 13 c/lp, quando possivelmente as fixações deveriam estar alcançando os 12,5 milhões de toneladas, de acordo com a percepção de Maurício Muruci, analista da Safras.
Se NY seguir sem reação, e a moeda dos Estados Unidos seguindo em alta mantém a janela para que o volume aumente, ainda que com o apetite moderado dos compradores.
Ao passo que o Brasil vai ofertar 2 milhões de toneladas, ou pouca coisa a menos de açúcar nesta temporada - de 28 a 28,4 mi/t -, também o mix do etanol vai seguir firme e muitas usinas já o teriam fechado, segundo Muruci. O hidratado deve seguir estimulado, como na 18/19, inclusive se beneficiando do dólar mais alto que vai impactar nos preços da gasolina.
Da estimativa da Safras & Mercados no processamento de 28 milhões de toneladas de açúcar, a fixação até o momento alcançou 39% da safra.
Se NY não estivesse andando de lado, a conta estaria em 44%.
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