Ajuste de posições e câmbio retiram suporte de alta do açúcar, que recuou na ICE
Além de algumas fixações contra julho, usinas brasileiras também saíram rolando posições para outubro, dando margem para o interrupção das altas que o açúcar vinha tendo na ICE Nova York. Os dois vencimentos de 2018 saíram com perdas nesta quinta (14).
O outubro em 28 pontos, fechando em 12.23 c/lp, e o outubro em 20 pontos, cotado a 12.56 c/lp.
Ana Cláudia Cordeira, da Canex Exportação, que observou a rolagem, completa também se tratar do aproveitando do spread.
“Se fizermos as contas, hoje a combinação de tela e dólar paga em torno de R$ 5,00 a mais por saca na comparação com o início de maio”, disse a analista. Ou seja, o açúcar brasileiro começou a chegar em maior volume já há duas semanas, mais ou menos, com a breve interrupção quando o Banco Central interveio e derrubou a alta no final da semana passada.
Na Sucden Brasil, Eduardo Sia, percebeu o mesmo ajuste de posição julho-outubro, mas lembrou ainda que o câmbio está confuso no mundo inteiro e as commodities estão “apanhando esses dias”.
A instabilidade causada com a aproximação do anúncio das sanções americanas à China, marcado para amanhã, também sugou recursos das commodities, despejados em ativos de menor risco, ainda que o açúcar não tenha peso na disputa comercial como a soja e o milho.
Mas mesmo diante das condições de safra no Brasil, em volume menores e qualidade cada vez mais comprometida – e sem chuva no horizonte que drena o ATR -, Sia ainda acredita que o “mercado ainda trabalhando no range 11-12 c/lp”.
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