UNICA se posiciona contra o plantio de cana na Amazônia
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) se posiciona contra o Projeto de Lei (nº 626/2011), que dispõe do cultivo de cana-de-açúcar na Amazônia. A entidade defende o cumprimento do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar, estabelecido em Decreto, em 2009, cuja orientação tem garantido o reconhecimento da sustentabilidade da indústria sucroenergética no Brasil e no exterior.
Esse comprometimento, desde então, tem sido atestado pelo governo americano por meio do seu programa de biocombustível Renewable Fuel Standard (RFS) e pela União Europeia, além de certificações internacionais, como Bonsucro. Estas conquistas são fundamentais para preservação do acesso dos derivados da cana aos principais mercados internacionais, colaborando, deste modo, para o desenvolvimento econômico e sociambiental do Brasil.
O Zoneamento Agroecológico determinou áreas e regras para licenciamento de novas usinas, excluindo expansões em qualquer tipo de biomas sensíveis, como Amazônia e Pantanal, além de áreas de vegetação nativa. Segundo o Decreto, a cana pode ocupar, no máximo, 64 milhões de hectares das terras agricultáveis para a expansão sustentável. Deste total, a cultura ocupa hoje somente 10 milhões, ou seja, 1,2% do território brasileiro. Ainda assim, se produz 28 bilhões de litros de etanol, 38 milhões de toneladas de açúcar e 21 TWh de bioeletricidade. Fazendo muito com pouco, o setor tornou-se o maior exportador de açúcar e o segundo no ranking mundial de produção de etanol.
Portanto, a expansão da produção pode ser feita expandindo área e ou elevando a produtividade em harmonia com o meio ambiente. É nessa direção que a indústria irá produzir mais etanol, que reduz em até 90% as emissões de gases de efeito estufa quando comparado à gasolina, considerando o ciclo de vida do combustível.
União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA)
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