EUA compram etanol do Brasil após mudança nas metas de mistura
Por Chris Prentice
NOVA YORK (Reuters) - Empresas norte-americanas do setor de combustíveis estão correndo para importar etanol do Brasil pela primeira vez neste ano depois que reguladores dos Estados Unidos aumentaram as metas de uso de biocombustíveis avançados, abrindo uma ampla diferença de preços no mercado de créditos de mistura.
O prêmio para créditos RIN (sigla para Renewable Identification Number) vinculados a biocombustíveis avançados --como o etanol brasileiro de cana-de-açúcar-- ante RINs de etanol de milho disparou ao maior patamar em mais de dois anos nas últimas duas semanas, desde que a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) dos EUA propôs metas mais altas que as esperadas para o uso de combustíveis produzidos a partir de óleos vegetais e resíduos de plantas.
Com a diferença de preços tocando 0,30 dólar, importadores, incluindo a Vitol e o Morgan Stanley, movimentaram-se para aproveitar a abertura de arbitragem, comprando até 40 mil metros cúbicos de etanol brasileiro nas últimas duas semanas, segundo fontes do mercado dos EUA. Essa foi a maior série de compras até agora no ano, disseram.
A janela de negócios pode ajudar a melhorar as margens para grandes produtores brasileiros como Cosan, Biosev (da Louis Dreyfus Commodities) e Copersucar, que têm enfrentado baixos preços no mercado de açúcar e etanol nos últimos anos.
Em 29 de maio, a EPA publicou as tão aguardadas metas para combustíveis renováveis, estabelecendo o volume de etanol e outros biocombustíveis que precisam ser misturados nos estoques de combustíveis do país. RINs, que podem ser negociados no mercado à vista, são usados para demonstrar conformidade com o programa.
(Por Chris Prentice)
0 comentário

Geopolítica internacional se mostra mais positiva e mercado do açúcar sobe

Valorização do petróleo dá impulso para o açúcar e preços fecham em alta

Mercado do açúcar mantém preços de 17 cents em Nova Iorque de olho no tamanho da safra brasileiro

VLI registra movimentação recorde de açúcar na Ferrovia Centro-Atlântica em 2024/25

Mercado do açúcar mantém estabilidade com expectativas para a safra brasileira e indiana

Exportação brasileira de açúcar em abril é a mais baixa em 2 anos, diz Secex