Subvenção da cana e do etanol: Dilma Rousseff só assinará decreto após aval dos novos ministros
Apesar dos antigos ministros Neri Geller (Agricultura) e Guido Mantega (Fazenda) terem chancelado o decreto para regulamentar as leis 12.999 e 13.000 (subvenção da cana e do etanol respectivamente), a presidente Dilma Rousseff só o assinará após os novos gestores das respectivas pastas derem aval positivo. Com isso, a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) continua aguardando a liberação da subvenção da safra 2012/13 para 30 mil agricultores. Isso porque a entidade precisará se articular novamente nos ministérios responsáveis, para obter a aprovação dos agora ministros Kátia Abreu (Agricultura) e Joaquim Levy (Fazenda). Nesta quinta-feira (8), dirigentes da Unida já estarão no Ministério da Agricultura, a fim de sensibilizar a chefe da pasta para assinar a demanda pendente há bastante tempo.
“Ontem conversamos com uma importante integrante da pasta e explicamos sobre do que trata o decreto, que, além de atender as leis 12.999 e 13.000, ambas de julho de 2014, atende a MP 666/14 onde libera R$ 622 milhões para o pagamento dos subsídios”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida. Após os esclarecimentos, o dirigente conta que a representante do governo garantiu que irá solicitar à ministra Kátia Abreu a assinatura do documento rapidamente.
O passo seguinte, após a aprovação da ministra, é sensibilizar o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Apesar de se mostrar bem rígido no controle de gastos, a Unida acredita que não terá problemas com o gestor, uma vez que a fonte de recurso para o pagamento das subvenções da cana e do etanol constam na MP 666, publicada em 2014. “Somente depois da aprovação de Abreu e Levy, que a presidente Dilma Rousseff assinará do decreto regulamentando as respectivas leis, para começar os pagamentos dos benefícios”, conta Lima dizendo que tal informação só recebeu ontem durante reunião na Casa Civil.
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