Clima e comparação com o milho limitaram o potencial de alta da soja

Publicado em 29/04/2010 07:10

Vencimento futuroFechamento US$/bushelVariação Cents/bushelEquivalência em US$/saco, posto ChicagoMáxima US$/bushelMínima US$/bushel
Maio9,82 3/4Inalterada21,679,91 9,78 
Julho9,93 1/2+0,5021,9010,02 9,88 
Agosto9,91 1/2+1,5021,859,97 9,87 
Fonte: CBOT/SojaNET 

Comentário

Nesta quarta-feira, vinte e oito de abril de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam ou inalterada (vencimento Maio/2010), ou com incrementos insignificantes (vencimentos Julho e Agosto/2010), na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou nesta data o fato insólito de que foi efetuado o registro de venda de 115.000toneladas de milho norte-americano para a China, sendo que até  recentemente aquele país asiático ainda dispunha de excedentes exportáveis da mencionada forrageira. A firmeza dos preços futuros no vizinho pregão de milho em Chicago logo contagiou positivamente as cotações futuras de soja, que passaram a trabalhar em alta.

Entretanto, logo surgiram especuladores operando posições futuras em spread, ou seja, comprando milho futuro e simultaneamente vendendo soja futura. Seus argumentos não foram desprovidos de lógica: as chuvas esperadas em algumas regiões produtoras de milho e de soja dos EUA no próximo fim-de-semana e no início de maio podem retardar o plantio de milho em algumas áreas e encorajar os produtores norte-americanos a mudar de planos e substituir planejadas lavouras da forrageira por plantios da oleaginosa, cuja janela ótima de oportunidade de semeadura é mais ampla.

Além disso, cálculos comparativos muito recentes entre as rentabilidades projetadas para lavouras de milho e para lavouras de soja nos EUA indicaram resultados que favorecem os plantios da oleaginosa, em detrimento daqueles da forrageira. O fato é que as bases (prêmios) no mercado norte-americano de exportação de soja enfraqueceram-se nesta data, desta forma limitando o potencial altista da oleaginosa, face a ausência de fatos e de notícias de cunho altista vinculados aos fundamentos norte-americanos ou globais de oferta e de demanda de soja

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Fonte:
SojaNet

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