Soja fecha estável em Chicago nesta 2ª feira e ritmo de negócios diminui no mercado brasileiro
O mercado da soja fechou o pregão desta segunda-feira (14) sem direção na Bolsa de Chicago. Os futuros do grão encerram o dia com leves oscilações, porém, em campo misto. O maio perdeu 1,50 ponto e foi a US$ 10,41, enquanto o setembro subiu 1 ponto e foi a US$ 10,25 por bushel. Por outro lado, os futuros dos derivados caíram de forma expressiva, em especial o óleo, que perdeu mais de 2% somente nesta sessão, levando o maio a 46,35 cents de dólar por libra-peso. No farelo, queda de 0,9% para US$ 296,90 por tonela curta.
No Brasil, a semana também começa mais calma para os novos negócios, porém, com ainda boas oportunidades. As atenções, todavia, seguem sobre os prêmios, que foram pressionados pelas boas altas em Chicago registradas na semana passada. "Os negócios estão fluindo, mas a semana começa mais calma, porque é feriado também nos EUA na sexta-feira nos EUA, é uma semana um pouco mais curta e aqui no Brasil também na calmaria", explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
"E como vendemos bem na semana passada, há uma expectativa de que os compradores tirem o pé do acelerador, principalmente considerando os compradores chineses. Porque com essa calmaria que pode vir nesse momento da guerra comercial, os compradores chineses também vão ficar receosos. Quando chegarem a um acordo China e EUA, um dos pré-requisitos que os americanos vão colocar é de que a China compre soja americana e pode haver uma desacelerada das compras por aqui, isso já estamos sentindo nos prêmios, com uma pressão menor de compra nos portos", detalha Brandalizze.
Para a posição de maio, por exemplo, o indicativo saiu de 100 para 45 pontos, depois da comercialização intensa registrada nas últimas semanas.
PRESSÃO SOBRE OS DERIVADOS
As mudanças no mercado cambial da Argentina pegaram em cheio os futuros dos derivados nesta segunda-feira. "O fim do dólar blend e a unificação cambieal podem estimular o farmer selling, reduzindo uma das principais barreiras à comercialização. A expectativa é de maior oferta de soja e farelo no mercado internacional nas próximas semanas. Hoje, o farmer selling da nova safra argentina já alcança 14,3%, contra 11% no mesmo período do ciclo anterior", informam os analistas da Agrinvest Commodities.
Leia mais:
+ Argentina unifica dólar e pode estimular comercialização de soja e derivados; atenção ao farelo
Ainda assim, todos os olhos do mercado - ou quase todos - seguem atentos ao andamento da guerra comercial, com o mercado da soja dos EUA ainda confinando pelas altas tarifas impostas pelos EUA e a China ainda concentrando sua demanda no Brasil. Do mesmo modo, a nova safra norte-americana está em andamento e também exige atenção.
"O modelo GFS, gerado nesta segunda indica, para a totalidade dos próximos 10 dias, leves acumulados em Wisconsin, Minnesota, norte e leste de Iowa, centro do Nebraska, centro-leste do Kansas, Kentucky, Tennessee e a região do Delta. Acumulados leves a moderados em Indiana, Illinois, Oklahoma, centronorte do Texas, sul do Mississippi. Acumulados totais de 75 a 100 mm no nordeste de Oklahoma, lestedo Kansas e sudoeste ao centro do Missouri", informa o Grupo Labhoro em seu reporte diário de mercado.
Além disso, a semana será mais curta para o mercado, já que na sexta-feira os negócios estão suspensos pelo feriado da Sexta-Feira Santa.
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