Soja tem leves altas em Chicago nesta 5ª feira, se ajustando após as baixas intensas da sessão anterior
O mercado da soja testa um leve fôlego na Bolsa de Chicago no início desta tarde de quarta-feira (19) e opera com pequenos ganhos entre os contratos mais negociados, depois da despencada da sessão anterior. Perto de 12h05 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,50 e 4 pontos, com o janeiro sendo cotado a US$ 9,55 e o maio a US$ 9,64 por bushel.
Os futuros dos derivados também trabalham do lado positivo da tabela, com o óleo subindo mais de 0,6% e recuperando o patamar dos 40 cents de dólar por libra-peso, enquanto o farelo tinha um leve ganho de 0,2% para US$ 286,70 por tonelada curta.
O mercado buscava se estabilizar depois do recuo expressivo de mais de 2% na sessão anterior. Todavia, ainda opera sob fundamentos baixistas, bastante pressionado, principalmente, pelas notícias da oferta, com as projeções de safras recordes na América do Sul, em especial no Brasil.
Além disso, o dólar ainda bastante alto no Brasil, renovando seus recordes, é mais um fator de pressão sobre as cotações da oleaginosa na CBOT, bem como seu avanço frente a outras divisas no exterior. A sessão desta quinta-feira, porém, é de ajuste no mercado cambial depois da disparada desta quarta (18), com queda de 1,5% para R$ 6,17, o que também ajuda no fôlego da soja em Chicago.
O espaço para uma "acomodação" da moeda americana, no entanto, não existe neste momento no Brasil, dado o completo desequilíbrio fiscal na cena doméstica, as medidas pouco eficiente e a "gastança desenfreada" do Governo Federal ainda sem solução, como explicou o economista e professor do Insper, Roberto Dumas Damas em entrevista ao Bom Dia Agronegócio, no Notícias Agrícolas. Assim, o que se observa hoje são, ainda, apenas ajustes diante de tantas altas consecutivas e não uma mudança de tendência.
"Diante disso, e considerando o tamanho do consumo estagnado, isso nos autoriza prever soja abaixo de US$ 9,00 por bushel para o contrato maio na CBOT. Qualquer Rally por qualquer motivo, onde uma combinação de preços entre CBOT e dólar, resulte algo acima de R$ 135 a R$ 138 no porto, deve ser analisado. Observamos que o dólar e o potencial da safra têm desvalorizado o nosso prêmio, que hoje é zero, e nada neste momento podemos de maneira inteligente observar, serve como qualquer favorabilidade em termos de preços", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
O mercado, nesta quinta-feira, também se apoia em um anúncio de novas vendas de soja feito pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de mais de 200 mil toneladas e nas vendas semanais para exportação fortes, apesar de terem vindo dentro das expectativas do mercado.
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