Dólar em queda ajuda no suporte às altas da soja em Chicago nesta 5ª, mas pesa sobre preços no BR

Publicado em 05/12/2024 14:19 e atualizado em 05/12/2024 16:04

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Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago já testaram os dois lados da tabela na sessão desta quinta-feira (5), mas voltara a subir na tarde de hoje. As cotações, perto de 13h50 (horário de Brasília), registravam ganhos entre 7 e 8,75 pontos, com o janeiro sendo cotado a US$ 9,92 e o maio a US$ 10,09 por bushel. "A soja-grão é sustentada pela alta do óleo de soja e pelas exportações estadunidenses", informa a Pátria Agronegócios. As altas do derivado passavam de 1,5%, com o contrato dezembro valendo 42,18 cents de dólar por libra-peso. 

As vendas semanais dos EUA foram de 2,312,7 milhões de toneladas, enquanto o intervalo esperado pelo mercado era de 1,1 milhão a 2,5 milhões de toneladas. Embora alto, o volume registrou uma diminuição de 7% em relação à semana anterior, mas 17% de crescimento em relação à média das últimas quatro semanas. A China foi o principal destino. O total já comercializado de soja pelos EUA, na temporada, chega a 36,185,4 milhões de toneladas, contra 32,28 milhões do mesmo período da anterior. As exportações dos EUA, segundo o USDA, deverão ser de 49,67 milhões de toneladas. 

Além disso, o USDA ainda anunciou uma nova venda de soja para a China nesta quinta-feira, de 136 mil toneladas, o que também contribui para o suporte das cotações na sessão de hoje.

O mercado segue carente de novidades e busca garantir sua estabilidade neste momento, frente a um cenário de fundamentos que já conhece. 

A nova safra de soja da América do Sul se desenvolve bem até agora, conta com condições de clima favoráveis e vai reforçando ao mercado a possibilidade de uma produção recorde e robusta nesta temporada. Ao mesmo tempo, a demanda também permanece no radar, com boas perpectivas de crescimento, mas as quais ainda ficam aquém do incremento expressivo da capacidade produtiva mundial. Assim, o consumo mesmo sendo maior do que no ano passado é insuficiente para atuar como combustível forte para as cotações, atuando apenas como um limitador das baixas. 

"A Sinograin comprou mais alguns barcos nos EUA. Nessa semana, a estatal comprou 10 barcos para março e o mercado está assumindo que a Sinograin vai cobrir o março e o abril nos EUA. As tradings e crushers comerciais continuam comprando somente Brasil", afirma o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities. 

Ainda nesta quinta, o dólar em queda frente ao real também ajuda no avanço dos futuros da oleaginosa na CBOT, porém, pesa sobre a formação de preços no mercado brasileiro. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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