Complexo soja segue muito volátil: Despencada do óleo, altas no farelo e falta de direção para o grão
Os futuros do óleo negociados na Bolsa de Chicago seguem intensamente voláteis. Depois de dispararem mais de 3% na sessão anterior, os preços caem mais de 3% no pregão desta quarta-feira (27), refletindo as incertezas que marcam o mercado neste momento. Perto de 12h30 (horário de Brasília), o contrato dezembro tinha 41,42 cents de dólar por libra-peso.
"O oil share continua volátil. Ontem, o mercado foi comprador de óleo e vendedor de farelo. Hoje o oposto" afirma o time da Agrinvest Commodities. "Os fundamentos do óleo são construtivos, mas o que vai acontecer com os programas de Biden continuam gerando incertezas".
De outro lado, o farelo volta a subir e registra ganhos de mais de 1% entre as posições mais negociadas. Ainda segundo a consultoria, além de todas as questões relacionadas ao complexo dos óleos vegetais, as discussões em torno do futuro da lei antidesmatamento da Europa também estão em evidência. "A novela da EUDR ainda não terminou O parlamento europeu precisa votar emendas que ficaram de fora. Se o prazo estourar, a demanda por farelo pode migrar para os EUA".
Assim, no início da tarde de hoje, os contratos mais negociados subiam mais de 1%, com o dezembro sendo cotado a US$ 291,30 e o março, US$ 300,30 por tonelada curta.
Enquanto isso, para a soja em grão continua a falta de direção. Os futuros da oleaginosa subiam timidamente, com ganhos entre 1,50 e 4 pontos, com o janeiro valendo US$ 9,87 e o maio - referência para a safra brasileira - com US$ 10,10 por bushel.
O mercado segue atento aos fundamentos, de um lado ainda pressionado pela oferta - em especial pela nova safra da América do Sul que se desenvolve bem - e ainda encontrando suporte em algumas informações da demanda. De acordo com a Agrinvest Commodities, a chinesa Sinograin continua comprando soja nos EUA. "Nesta semana, falam em cinco barcos para embarque fevereirio. As crushers comerciais continuam comprando no Brasil para janeiro-fevereiro e meses mais longos", explica Eduardo Vanin, analista da Agrinvest.
0 comentário

Soja fecha em queda em Chicago, acompanhando farelo e óleo nesta segunda-feira (21)

Soja 'vira' em Chicago e cotações passam a ceder no início da tarde de segunda-feira (21)

Soja sobe na CBOT na manhã de segunda-feira (21), mas limitada por desafios da Guerra Comercial

Importações de soja dos EUA pela China sobem em março, mas Brasil deve dominar o mercado

Soja do BR tem nova semana de demanda forte e prêmios mantendo curva positiva

Abiove reduz previsão de safra de soja do Brasil, mas eleva exportações em 2025