Vendas da nova safra de soja do Brasil lidam com preços baixos e cautela climática

Publicado em 07/10/2024 13:33 e atualizado em 07/10/2024 15:36

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SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização antecipada de soja da safra 2024/25 atingiu 24,8% de uma safra estimada em 171,78 milhões de toneladas, um atraso na comparação com a média histórica para o período, com produtores cautelosos com o tempo seco para o plantio e também devido a preços mais baixos do que os valores no mercado disponível, apontou nesta segunda-feira a consultoria Safras & Mercado.

O relatório indicou que as vendas antecipadas da safra que está sendo semeada avançou apenas 2,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Os dados apontam, contudo, uma antecipação em relação ao mesmo período do ano passado, quando a comercialização antecipada era de 21,4%.

Já a média histórica de cinco anos para o período é de 29,4%, segundo a consultoria.

Produtores de Mato Grosso, onde o plantio está tendo um início lento devido ao tempo seco, já venderam 35% da safra projetada, atrás da média histórica de 37,8%, mas à frente do índice do mesmo período do ano passado (29%).

"A safra nova está muito lenta, pessoal esperando melhor definição de questões climáticas para ter segurança para avançar (nas vendas). Mas principalmente porque preços não estão legais, estão bem abaixo da safra disponível, isso desestimula vendas antecipadas, por isso continuam bem atrasadas", avaliou o analista Luiz Fernando Roque, da Safras & Mercado.

"Pra 2025, não teve fator positivo porque os preços continuam pressionados."

Por outro lado, ele disse que os negócios para a safra disponível melhoraram "um pouco", porque preços avançaram principalmente nas últimas duas semanas.

A comercialização da safra velha (2023/24) de soja do Brasil atingiu 87,7% da produção, conforme levantamento feito até 4 de outubro. No relatório anterior, com dados de 6 de setembro, o número era de 82,2%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 84,9% e a média de cinco anos para o período é de 90,1%.

(Por Gabriel Araujo e Roberto Samora)

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Fonte:
Reuters

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