Soja intensifica baixas em Chicago, com mercado se ajustando e acompanhando perdas nos derivados
O mercado da soja continua operando no negativo nesta terça-feira (10) e vai intensificando suas perdas no início da tarde de hoje na Bolsa de Chicago. Perto de 12h40 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 18 a 18,25 pontos, com o novembro valendo US$ 9,99 e o março, US$ 10,31 por bushel. Os preços devolvem as altas da sessão anterior, em um movimento de ajustes, em especial para receber os novos dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgam nesta semana, dia 12 de setembro, em seu relatório mensal de oferta e demanda.
Além dos ajustes, os preços reagem também ao último boletim semanal de acompanhamento de safras que foi reportado também pelo USDA no final da tarde de ontem, que manteve inalterado o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições em 65%. O reporte trouxe também o início da colheita do milho, já concluída em 5% da área.
Com a conclusão da safra americana em andamento e a colheita da soja também se aproximando, as condições de clima no Meio-Oeste americana continuam sendo acompanhadas de perto pelos agentes do mercado, mas também se trazer muita preocupação.
"O modelo GFS, gerado nessa manhã, trouxe previsões de volumes totais acima de 50 mm no sudeste da região central dos EUA nos próximos 5 dias. Já no período de 10 dias, acumulados leves a moderados tendem para as Dakotas, oeste de Iowa e leste do Nebraska. O modelo Europeu, gerado de madrugada, apresenta similaridade com o GFS ao apontar maiores volumes de chuvas em 5 e 10 dias no sudeste do meio-oeste americano. Apenas diferindo ao indicar ausência de chuvas no norte dos EUA", informa o Grupo Labhoro em seu boletim diário.
Do mesmo modo, o quadro climático no Brasil também chama a atenção. O início da nova safra pode ficar um pouco atrasado, em especial em Mato Grosso, por conta da falta de chuvas, o que está no radar do mercado. No entanto, as informações são ainda muito preliminares, o que até traz certo suporte aos preços na CBOT, porém, de maneira pouco consistente.
As previsões apontam que o calor intenso continua em quase todo o país, com temperaturas bem acima da média pelo menos até o final desta semana.
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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Beber destacou os pontos de atenção para esta nova temporada da soja no maior estado produtor do Brasil e, além do clima, pontuou os altos custos de produção, o financiamento caro e a baixa das commodities.
Veja:
Ainda nesta terça-feira, pesam também sobre os preços da soja em grão a queda acentuada dos derivados de soja em Chicago, lideradas pelo farelo, que despenca 2%, também devolvendo as altas do pregão de ontem. No óleo, baixas de mais de 1,5% entre as posições mais negociadas.
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