Soja testa os dois lados da tabela em Chicago nesta 2ª feira com foco na nova safra dos EUA
Depois de iniciar o dia em campo positivo, o mercado da soja opera com estabilidade e testando os dois lados da tabela na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (24). Perto de 12h10 (horário de Brasília), os primeiros vencimentos subiam, com alta de 3,75 pontos no julho - para ser cotado a US$ 11,64 -, enquanto o novembro, referência para a safra norte-americana, tinha US$ 11,17 por bushel.
"A nova ampliação nas exportações semanais de soja dos EUA dá suporte a soja em Chicago, mas o aumento de oferta da safra nova segue pressionando a soja 2025", afirma o time da Pátria Agronegócios.
E a nova temporada norte-americana permanece no foco dos traders.
"O final de semana foi de enchentes no norte do Corn Belt, incluindo o norte de Iowa, sul de Minnesota e Wisconsin, com tempo seco nos estados do leste. Conforme a Labhoro trm alertado, na semana passada já tivemos redução das condições boas excelentes em níveis significativos em alguns estados importantes como Illinois, Ohio, Dakota do Sul, Wisconsin e Michigan e hoje deveremos ter novamente reduções em estados importantes no relatório que será divulgado as 17h pelo USDA", afirma o diretor geral da consultoria, Ginaldo Sousa.
Na última semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apontou 70% das lavouras de soja em boas ou excelentes condições. Na semana anterior eram 72% e Illinois - maior estado produtor da oleaginosa no país - perdeu nove pontos percentuais nesta classificação.
Ainda segundo explica Sousa, a médio e longo prazo, os modelos climáticos estão prevendo um centro de alta pressão para os estados do Sul e áreas centrais do Corn Belt. "Se isso acontecer, deverá forçar os fundos nas compras de soja e milho, cobrindo parte das posições vendidas", complementa Sousa.
Afinal, como complementa a Labhoro, os mapas dos últimos 30 dias de chuvas mostram volumes abaixo do normal para os importantes estados como Ohio, Indiana, Illinois, grande parte de Iowa, Missouri, centro e oeste da Dakota do Sul, além dos estados do Delta.
O mercado monitora também os novos números que serão reportados pelo USDA na sexta-feira, 28 de junho, sobre a área da safra 2024/25, além dos estoques trimestrais norte-americanos.
"Vamos ter surpresa agora no fim de junho quando o USDA divulga seu acreage (boletim de área) (...) Na nossa visão, a área de milho vem maior do que o mercado espera, acredito que os americanos tenham plantado entre 91 e 92 milhões de acres e isso vai diminuir um pouquinho a área de soja", projeta o consultor em agronegócios Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios. "Se isso se confirmar, o mercado vai sim especular, pode dar uma subida forte (na soja) no dia, depois acalma de olho na oferta final, estoques finais, mas pode haver oportunidade no dia 30".
Veja sua análise completa em entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta segunda-feira:
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