Soja: Mercado volta a subir em Chicago, em momento de fôlego, e março retoma os US$ 12/bushel
Depois de testar, mais cedo, o lado negativo da tabela mais uma vez, os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago no pregão desta terça-feira (30), trazendo o contrato março a recuperar os US$ 12,00 por bushel. Perto de 12h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,50 e 6,25 pontos, com o março sendo cotado a US$ 12,00, o maio a US$ 12,10 e o julho a US$ 12,19 por bushel.
Além do fôlego que o mercado traz na sequência de consecutivas e severas baixas, as altas no farelo dão espaço ao respiro do grão. O primeiro contrato - março/24 - subia 1,72% para US$ 360,40 por tonelada curta, enquanto o maio tinha 1,6% de ganho para US$ 358,60 e o julho, 1,5% para US$ 361,80. Na contramão, os futuros do óleo ainda cediam.
Segundo explicam os analistas da Pátria Agronegócios, "as vendas de farelo aceleram na China, dando suporte ao derivado e ao grão nesta terça". Recentemente, os preços do derivado testaram suas mínimas em 40 meses na Bolsa de Dalian, na nação asiática e também estão buscando respiro. Hoje, os preços encerraram os negócios por lá em campo positivo.
Todavia, o que ainda limita os ganhos na CBOT é a preocupação com a demanda mais contida por parte dos chineses agora, que deverão voltar mais agressivamente às compras depois do seu feriado do Ano Novo Lunar. São quase duas semanas de festividades em que o país fica praticamente fora do mercado, já estando abastecido para o período.
Além disso, ainda no centro dos radares estão as condições de clima na América do Sul, neste momento, em especial, na Argentina. "Os prognósticos climáticos começam a indicar chuvas leves e pontuais para a Argentina, que atualmente passa por um período de chuvas escassas", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "Leves acumulados são indicados para o nordeste de Santiago del Estero, centronorte de Córdoba, extremo norte de Santa Fé, centro-leste de La Pampa e de maneira esparsa em Buenos Aires. Para as demais regiões produtoras o clima seco permanece", complementa Sousa, citando o modelo GFS (americano).
Mais do que isso, o diretor da Labhoro reforça que "a posição vendida dos fundos segue forte e sustentada nessa semana".
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