Posicionamento sobre a resistência da Buva ao Glifosato
Com referência a matéria "Buva: planta resistente ao glyphosate?" publicada no Portal Agrolink no dia de ontem, onde foram reproduzidos resultados de trabalhos realizados por instituições de pesquisa, a Monsanto através de sua assessoria de imprensa faz as seguintes considerações:
Sobre a resistência de biótipos de plantas daninhas ao glifosato, a Monsanto esclarece que, no Brasil, existem três casos: o Lolium multiflorum (azevém), a Conyza bonariensis e a C. canadensis (buva). Entretanto, desde que a soja Roundup Ready® começou a ser cultivada no Brasil, nunca houve a comprovação de resistência de um biótipo planta daninha que fosse de uma espécie tipicamente infestante da cultura da soja.
O azevém, por exemplo, ocorre basicamente no inverno e não é considerada uma planta daninha que infesta a cultura da soja, que é plantada no verão. Quanto à buva, os primeiros relatos de biótipos resistentes ocorreram inicialmente na região de Toledo, Paraná, onde ainda não se plantava soja RR e também em algumas áreas de citros no Estado de São Paulo, posteriormente também sendo relatada no Rio Grande do Sul. Nesse caso da buva, é importante citar que a infestação predominante ocorre logo após o período de inverno e antes do plantio de soja e que, quando bem controlada antes do plantio da soja, não chega a ser problema dentro da cultura.
Quanto à resistência de biótipos de Euphorbia heterophylla (leiteira ou amendoim bravo) reportada recentemente como resistente, a Monsanto informa que, desde que seguidas as recomendações de dosagens de 720 a 1440 g e.a./ha, conforme especificado na bula de seus herbicidas à base de glifosato (família Roundup), não houve até hoje nenhum caso de reclamação quanto à falta de controle dessa planta daninha nas aplicações de campo. Informa ainda que, mesmo nas aplicações em Soja RR, seguindo-se as doses recomendadas do produto Roundup Ready de 720 a 1.200 g e.a./ha, conforme especificado na bula, não houve até o momento nenhuma reclamação quanto à falta de controle dessa planta daninha.
Esclarece ainda que nada se constatou quanto à perda de tolerância da soja RR após mais de 10 anos de cultivo em diversos países, e que nenhuma alteração de recomendação de dose de seus produtos foi feita, conforme noticiado. O que tem ocorrido é justamente um esforço da empresa no sentido de que os produtores utilizem as doses corretas, pois os agricultores têm praticado o uso de doses abaixo das recomendadas na bula, o que leva a falsa percepção de que as plantas daninhas não estão sendo adequadamente controladas. Isso foi o que acabou levando ao relato do caso do leiteiro resistente ao glifosato, mas que na realidade é um caso de uso de subdoses.
Vale lembrar que a resistência de plantas daninhas não pode ser atribuída a uma só razão, pois é um fenômeno natural e ocorre devido à variabilidade genética das populações. Deve-se ter muita atenção para que falhas na performance dos produtos não sejam confundidas com resistência de plantas daninhas, pois elas podem ocorrer devido a uma grande variedade de fatores como: momento da aplicação, forma de aplicação, dose utilizada, características biológicas das plantas daninhas, além da interferência de fatores climáticos como seca, chuva, frio, geada etc.
O glifosato tem ação comprovada sobre mais de 100 espécies de plantas daninhas, quantidade muito maior que qualquer outro grupo de herbicida, motivo que o faz ser utilizado amplamente nas últimas três décadas no mundo. Segundo o International Survey of Herbicide Resistant Weeds (www.weedscience.org), até hoje foram reportadas apenas 13 espécies como resistentes ao glifosato, que equivale a cerca de 13% da reportada para outros grupos de herbicidas, como, por exemplo os inibidores de ALS que possuem 95 espécies relatadas como resistentes, e 20% dos inibidores do fotossistema II, que são as triazinas, com 66 espécies reportadas como resistentes.
Fonte: Agrolink
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