Soja continua recuando em Chicago nesta 3ª feira em movimento de realização de lucros
Os preços da soja continuam caindo na Bolsa de Chicago no início da tarde desta terça-feira (29). Por volta de 13h (horário de Brasília), as cotações recuavam entrre 5,75 e 8,25 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro a US$ 13,97 e o maio a US$ 14,09 por bushel. O mercado passa por uma correção técnica, com realização de lcur
"O mercado está em queda hoje mesmo com novas vendas americanas anunciadas. Está dando sinais de que o fôlego altista está terminando", afirma o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. O especialista explica ainda que o mercado não conseguiu manter seu suporte nos US$ 14,00 para o novembro e isso pode "dar sinais de que pode liquidar mais".
O consultor explica também que aos poucos, com a proximidade da colheita americana, a pressão pode se intensificar, principalmente com os trabalhos de campo acontecendo ao mesmo tempo em que o início do plantio no Brasil.
E as baixas persistem nesta terça mesmo diante de uma nova - porém contida - piora nas lavouras americanas apontada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O boletim semanal de acompanhamento de safras reportado na tarde desta segunda (28) mostrou que o índice de campos classificados como bons ou excelentes saiu de 59% na semana passada para 58%. O mercado, porém, esperava um corte mais profundo, para 56%. Há um ano, este número era de 57%.
O reporte aponta também 91% das lavouras de soja em formação de vagens, contra 86% da semana anterior e 90% de média, bem como são 5% dos campos já na fase de derrubada das folhas, contra 4% do ano passado e 6% de média.
De outro lado, o mercado monitora também as previsões de clima para o Meio-Oeste americano e as condições esperadas para a fase final da safra 2023/24 deverão ser desfavoráveis. As chuvas esperadas para os próximos dias deverão ser muito escassas, localizadas e de baixo volume, além do Corn Belt contar ainda com dias muito quentes, com temperaturas acima da média.
No paralelo, espera pelo início da colheita americana, do plantio no Brasil e atenção ao comportamento da demanda. Ontem, o USDA informou novas vendas de soja e milho da safra 2023/24.
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