Volatilidade continua, mas soja ameniza baixas em Chicago na tarde desta 4ª feira
A volatilidade continua no mercado da soja e os futuros da oleaginosa amenizam, mesmo que parcialmente, suas baixas na Bolsa de Chicago na tarde desta quarta-feira (2). Perto de 14h (horário de Brasília), as baixas variavam de 5,75 a 12,25 pontos nos contratos mais negociados, levando o agosto a US$ 14,41 e o novembro a US$ 13,29 por bushel.
Segue a divisão de atenções do mercado entre as condições climáticas mais favoráveis sendo aguardada para o Corn Belt nos próximos dias, ao passo em que monitora as preocupações com a safra americana e aguarda pelo novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no dia 11 de agosto.
O financeiro também pesa sobre as commodities nesta quarta, segundo o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
"As cotações são pressionadas pelos prognósticos climáticos e também pela redução do rating de emissor
de inadimplência dos EUA. A Fitch rebaixou o rating de emissor de inadimplência a longo prazo e moeda estrangeira dos Estados Unidos de AAA para AA+, com perspectiva estável", explica Sousa.
E o diretor da Labhoro complementa dizendo que "o modelo GFS, gerado nessa manhã, indica chuvas começando no dia 03 abrangendo, ao longo dos próximos 10 dias previstos, com acumulados leves a moderados em grande parte de Ohio, Indiana, toda Illinois, Iowa, Missouri, Nebraska, Dakotas, pontual no centro de Michigan. Fortes acumulados no sudeste do Missouri, nordeste do Arkansas, oeste do Tennesse.
As previsões de temperaturas máximas para os próximos 7 dias para os EUA, seguem apontando temperaturas de 35° a 40ºC. A partir do dia 07 as previsões já apontam uma redução das temperaturas no meio oeste, retornando para a faixa de 25° a 35°C".
O mapa do NOAA atualizado nesta quarta para os próximos sete dias mostram também bons volumes de chuvas sendo aguardados em estados-chave de produção, como mostra a imagem abaixo.
É preciso, no entanto, que tais previsões se confirmem para trazer algum alívio à safra americana, já sentindo os efeitos do tempo mais seco dos últimos meses e do calorão. E isso deixa o mercado ainda mais ansioso pelo novo reporte do USDA, ainda mais em um mês tão decisivo para a soja como agosto.
"Essas chuvas são importantes, oscilações maiores da produtividade da soja ainda são possíveis, e chuvas certamente, vão ajudar também. Mas, perdas irreversíveis são registradas já no milho e na soja. Os EUA terão uma safra comprometida, abaixo da média, mas não será uma quebra de safra como em anos anteriores de seca, como por exemplo em 2012. Ainda não sabemos o resultado final da safra, mas quase todos os meus clientes descrevem suas lavouras nestes termos e alguns falam que com chuvas ainda podem produzir muito bem", afirma o consultor de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag Marketing, dos EUA.
0 comentário
Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira