Demanda forte mantém contratos mais curtos da soja ainda firmes em Chicago nesta 6ª feira
O mercado da soja segue operando em campo misto no pregão desta sexta-feira (27) na Bolsa de Chicago, tomando em fôlego depois da semana agitada e das boas altas registradas na sessão anterior. Assim, perto de 12h05 (horário de Brasília), o contrato julho subia 7,50 pontos, para ser cotado a US$ 17,34, enquanto o novembro cedia 2 pontos para valer US$ 15,42 por bushel.
De um lado, os traders acompanham o clima no Corn Belt e a possibilidade de mais chuvas chegando para regiões importantes nestes próximos dias, o que ainda poderia manter limitado o avanço do plantio nos Estados Unidos, ao menos em algumas áreas. Na outra ponta, se atentam à força da demanda, que se mostra bastante presente agora, tanto pela oleaginosa americana, quanto pela brasileira.
"O mercado busca por atualizações sobre as condições climáticas
nas regiões produtoras do mundo e que neste momento estão ajudando a nortear os preços dos grãos juntamente com a demanda interna americana e a falta de vendas do produtor. Assim, para a próxima semana a atenção e foco dos analistas ficam no avanço do plantio nos EUA", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Ainda segundo informações apuradas pela Labhoro, o modelo climático da manhã desta sexta-feira já não ndica chuvas para o leste do cinturão e sudeste, como era demonstrado no modelo de ontem. "As chuvas começam no dia 30 na Dakota do Norte e Minnesota, se mantendo localizada até dia 01. Chuvas localizadas em Oklahoma e norte do Texas no dia 3 e começando no leste do Nebraska no dia 4.
Sobre a demanda, os sinais são fortes sobre sua força. Neste momento, os EUA já comprometeram mais de soja 2021/22 - 59,5 milhões de toneladas do que a última estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - de pouco mais de 58 milhões - e têm vendas da safra 2022/23 que são recordes para o período.
"Os futuros da soja estão firmes, mais uma semana de ganhos. Os estoques estão muito curtos nos EUA e a China continua comprando grão americano para embarques agosto. O programa americano de exportação está 103% feito, e o USDA terá que ser mais agressivo nas suas revisões de demanda", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
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