Soja intensifica altas em Chicago e preços testam novamente os R$ 200/sc nos portos brasileiros, relata consultor
O mercado da soja vem intensificando suas altas por todo o pregão nesta sexta-feira (13) na Bolsa de Chicago e, por volta de 13h25 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 24,50 e 32,50 pontos nos principais vencimentos, levando o julho aos US$ 16,46 por bushel. O agosto busca os US$ 16 e tem US$ 15,96 por bushel.
Os preços seguem monitorando seus fundamentos, o clima nos Estados Unidos e o atraso no plantio que ainda preocupa - com condições melhores sendo esperadas para os próximos dias, podendo promover uma recuperação nos trabalhos de campo - porém, também encontram combustível para as altas nos ganhos expressivos dos derivados da soja na CBOT.
Também perto de 13h30, os futuros do farelo de soja subiam mais de 2,5%, levando o primeiro vencimento aos US$ 406,60 por tonelada curta, e no óleo a alta era de 1,4% - acompanhando altas de mais de 4% do petróleo -, com a primeira posição valendo 83,75 cents de dólar por libra-peso.
A demanda da China também é acompanhada de perto, com uma nova venda tendo sendo reportada hoje pelo USDA de 132 mil toneladas de soja da safra velha dos EUA para a nação asiática.
"A China entra no radar dos traders com a promessa do fim dos lockdowns na próxima semana, o que melhora imensamente a demanda pelas commodities. A continuidade da guerra na Ucrânia e o processo inflacionário estão em evidência, mas ficam em segundo plano neste cenário", explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
Mais do que isso, como explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, "para a próxima semana olhos grudados no avanço do plantio nos EUA, o estrago do clima seco na Europa, os ajustes do USDA, inundações na China e geadas no Brasil".
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, apesar da baixa de mais de 1% do dólar frente ao real, os preços ainda formam bons indicativos nos portos brasileiros, variando entre R$ 198,00 e R$ 203,00 por saca, como relata a Brandalizze Consulting. As altas em Chicago elevam as cotações a patamares importantes, na casa dos US$ 16,00 por bushel, se adicionam a prêmios elevados e resultam em referências interessantes para os produtores nacionais.
"Estamos fechando uma semana boa, de valorização, com suporte do relatório do USDA. A semana que vem pode ter uma virada do clima americano e o mercado pode dar uma acomodada, perdendo um pouco do fôlego", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze.
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