Soja tem 3ª feira de estabilidade em Chicago, se recompondo depois das baixas intensas da sessão anterior
Os futuros da soja operam com estabilidade na manhã desta terça-feira (3) na Bolsa de Chicago. Perto de 7h40 (horário de Brasília), o julho perdia 4 pontos, sendo cotado a US$ 16,41 por bushel, enquanto o agosto tinha uma pequena alta de 0,25 ponto, para vale US$ 16,00. O mercado parece buscar um dia mais calmo depois do anterior, quando perdeu quase 40 pontos nos contratos mais negociados, marcando suas mínimas em três semanas.
A intensidade mais contida vem também entre os derivados de soja, depois do óleo ter despencado mais de 5% na sessão anterior. Na manhã de hoje, o subproduto perdia 'apenas' 0,85% para ser cotado a 79,41 cents de dólar por libra-peso no primeiro contrato, enquanto o farelo subia 0,37% para US$ 432,50 por tonelada curta.
Os traders permanecem atentos ao clima nos Estados Unidos, o que é o principal driver do mercado de grãos neste momento. E os dados de atualização do plantio norte-americano trazidos no final da tarde pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostram que, apesar do avanço, os trabalhos de campo ainda mostram um atraso expressivo em relação à média dos últimos cinco anos.
Até o último domingo (1), 8% da área dedicada à oleaginosa já havia sido semeada, contra 3% da semana passada, 22% do mesmo período do ano passado e 13% de média plurianual. A expectativa do mercado era de 8%.
"Historicamente a relação entre atraso e produtividade é negativa, mais atraso, menos produtividade, assim como também a área final. Dependendo da região, após o dia 15 de maio, o seguro agrícola cai 1 bushel de cobertura para cada dia adicional de atraso, o que desencoraja a finalização da área total almejada pelo produtor. No entanto, isso depende muito dos preços e também das condições climáticas", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
De outro lado, permanecem no foco dos participantes do mercado a manutenção da guerra, das medidas restritivas do Covid-19 e do andamento do financeiro. Há muita expectativa sobre a taxa de juros nos Estados Unidos que será divulgada pelo Federal Reserve nesta quarta-feira (4).
"O macro novamente está mexendo com o agro. Taxas de juros nos EUA continuam subindo, principalmente a ponta longa (...) As commodities estão começando a ficar muito caras em relação às ações, é isso que os fundos estão vendo. Os fundos de índice, ligados à inflação, também começaram a reduzir a exposição às commodities. Na semana passada, reduziram a posição comprada pela 1ª vez em mais de 8 semanas", complementa Vanin.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
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