Soja: Chicago segue no vermelho nesta 3ª, mas ameniza baixas para o grão e o farelo
O mercado da soja segue operando no vermelho na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (15). As cotações recuavam entre 15,25 e 18,25 pontos nas posições mais negociadas, levando o maio a US$ 16,51 e o julho a US$ 16,28 por bushel. De acordo com analistas internacionais, o mercado passa por um intenso movimento de realização de lucros e vendas técnicas de posições por parte dos fundos frente às últimas notícias. As baixas eram menos
"A soja e o milho estão sendo atingidos pela pressão das vendas com os traders bastante preocupados com os novos lockdowns da China por conta do novo surto de Covid-19, bem como acompanham muito de perto as negociações entre Rússia e Ucrânia mais uma vez hoje", informa a analista de mercado Bob Linneman, do portal Successful Farming.
Todavia, os preços, ainda de acordo com os especialistas, apesar das baixas, seguem mantendo patamares importantes para garantir o suporte para as tendência ainda positiva para as cotações. Parte da pressão vem também do petróleo, que lidera as perdas entre as commodities, chegou a ceder 8% e, no começo da tarde de hoje, perdia mais de 6%, pressionando os mercados vizinhos, e atuando abaixo dos US$ 100,00 por barril.
"Embora milhões de chineses “presos” possam ser bons para reduzir os preços do petróleo, isso está levantando novas preocupações sobre problemas adicionais na cadeia de suprimentos e aumento da inflação", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. .
Mais do que isso, ainda como explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities, "o número de novos casos na China tem dobrado a cada dois dias, colocando todo o aparato anticovid em alerta. Testes em massa, lockdowns, suspensão de viagens dentro do país, restrição à movimentação de cargas e acomopanhamento digital da movimentação de pessoas fazem parte da política da China de tolerância zero", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
Ainda segundo o especialista, a mudança nos hábitos dos chineses ganha ainda mais força com esse novo momento de agravamento da Covid-19 na nação asiática, principalmente entre o consumo de proteínas.
"Os players também estão atentos à reunião do FED que iniciará hoje e esperam novas atualizações sobre as questões geopolíticas da Ucrânia e Rússia", complementa Sousa.
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