Soja acompanha baixas fortes no farelo e no óleo e opera em queda na Bolsa de Chicago nesta 3ª
Os preços da soja caem forte na Bolsa de Chicago na manhã desta terça-feira (15). Perto de 7h50 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 14 e 25,50 pontos, com o maio valendo US$ 16,45 e o julho, US$ 16,23 por bushel. O grão acompanha baixas que se dão também sobre os mercados de farelo e óleo de soja na CBOT, as quais passam de 1%.
As commodities agrícolas têm um novo dia de baixas fortes, e não só as agrícolas, mas também o petróleo, que perde mais de 6% e pressiona os demais óleos vegetais. Mais do que isso, os novos lockdowns na China para mais de 50 milhões de pessoas contribuem para o movimento de queda.
"O número de novos casos na China tem dobrado a cada dois dias, colocando todo o aparato anticovid em alerta. Testes em massa, lockdowns, suspensão de viagens dentro do país, restrição à movimentação de cargas e acomopanhamento digital da movimentação de pessoas fazem parte da política da China de tolerância zero", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
Ainda segundo o especialista, a mudança nos hábitos dos chineses ganha ainda mais força com esse novo momento de agravamento da Covid-19 na nação asiática, principalmente entre o consumo de proteínas.
Além dos fundamentos, do comportamento da demanda - em especial da China - os traders também permanecem com a guerra entre Rússia e Ucrânia em seu radar, acompanhando as rodadas de negociação, mas ainda sem sucesso.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
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Geraldo Emanuel Prizon Coromandel - MG
Sobre o agravamento da crise do Covid na China temos a dizer que no resto do mundo em situação similar houve um aumento do consumo de alimentos. Por que na China seria diferente?
A quantidade de contaminação oficial relatada pela China é muito pequena. Ou seja, a população ainda não se contaminou, e como a vacina deles, não é muito eficiente, o bicho ainda vai pegar, por lá.