Soja volta a intensificar ganhos e divide atenções entre geopolítica e fundamentos nesta 3ª
O mercado de commodities segue muito aquecido nesta terça-feira (22) diante do atual quadro geopolítico, com ganhos superiores entre os futuros dos grãos, da soja e de seus derivados negociados na Bolsa de Chicago. Assim, perto de 12h30 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa subiam de 14,25 a 18 pontos nas posições mais negociadas, com o maio valendo US$ 16,20 e o julho, US$ 16,17 por bushel. Mais cedo, os preços chegaram a testar ganhos de quase 30 pontos.
No mesmo momento, os futuros do óleo de soja subiam mais de 1,5% e os do farelo, mais de 0,7% nesta tarde de segunda. No trigo, as altas que chegaram a passar de 2%, registravam ganhos de pouco mais dee 1% entre os principais contratos, com o primeiro valendo US$ 8,13 por bushel. O petróleo também seguia em alta, mas com ganhos também mais contidos.
No final da tarde de ontem, o presidente da Rússia Vladimir Putin ordenou o envio de tropas ao leste da Ucrânia ao reconhecer duas repúblicas que se autoproclamam separatistas. A ordem promoveu uma nova escalada nas tensões e fez todos os mercados reagirem imediatamente, bem como fez os EUA e alguns países da Europa voltarem a ameaçar Moscou com mais sanções.
Putin segue negando qualquer invasão efetiva, embora cerca de 150 mil soldados russos ainda estejam em regiões de fronteira com a Ucrânia, o que continua mantendo o sinal de alerta ligado, especialmente entre oficiais norte-americanos. O primeiro ministro britânico, Boris Johnson, deu uma declaração afirmando que "a invasão da Ucrânia começou".
Em seu pronunciamento, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a afirmar que não considera abrir mão de qualquer parte do território de seu país, bem como voltou a reforçar o pedido de apoio e ajuda de países aliados. Ao mesmo tempo, porta-vozes do Kremlin voltaram a culpar os EUA pela escalada das tensões diante de suas declarações que afirmam que a Rússia estaria pronta para uma invasão.
Na manhã desta terça, Vladimir Putin participou de uma reunião com seu conselho de segurança.
Ao lado das questões geopolíticas, o mercado de soja também segue de olho em seus fundamentos, acompanhando as perdas se agravarem na América do Sul e como o comportamento da demanda - principalmente a da China - deve se desenhar nas próximas semanas. Os traders também se preparam para receber os novos e primeiros números da safra 2022/23 que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em seu fórum anual, que acontece entre 24 e 25 deste mês.
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