Soja volta a subir em Chicago puxada pelas altas do trigo e do óleo nesta 3ª feira
No início da tarde desta terça-feira (25), o mercado da soja passou para o lado positivo da tabela, depois de começar o dia testando leves baixas. As cotações subiam entre 6,50 e 9,50 pontos, por volta de 14h10 (horário de Brasília), puxando o maio para US$ 14,07 e o julho para US$ 14,20 por bushel.
Os preços do grão vão na carona do trigo, que registra uma nova sessão de altas fortes, de mais de 2% - ou variando entre 14,75 e 21,25 pontos nos principais vencimentos - e também do óleo de soja, que registra um avanço de mais de 1% na CBOT.
O óleo acompanha as altas observadas no petróleo, com a commodity hoje passando por uma correção depois das baixas intensas do pregão anterior. Perto de 14h20, o WTI subia 2,3% para US$ 85,22, enquanto o brent chegava a US$ 86,97, com alta de 1,8%.
Já o trigo segue refletindo as preocupações com o impacto sobre este mercado, bem como o do milho, caso se agravem ainda mais as tensões entre Rússia e a Ucrânia. Na Euronext, os futuros do cereal sobem mais de 3%, segundo relata a Agrinvest Commodities. Do mesmo modo, o gás natural também pode ter seu fornecimento comprometido caso haja um conflito entre os dois países, o que puxa seus preços em mais de 15% nesta terça-feira.
Ao lado destas duas variáveis, entre os fundamentos próprios da soja o que permanece no centro das atenções ainda é o clima para a América do Sul. Os mapas climáticos mostram condições melhores para a região a partir desta quinta-feira (27), mas o mercado ainda permanece atento ao tamanho da quebra da oferta sul-americana.
Além disso, ainda como informa a Agrinvest, a demanda por soja americana tem se mostrado um pouco melhor nos últimos dias e ajuda na movimentação.
"A China voltou a comprar soja americana para a temporada 2021/22. Os prêmios da soja no Brasil estão subindo, reduzindo a competitividade do grão brasileiro. A quebra da safra é o motivo deste movimento", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da consultoria.
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