"Dados divulgados pelo Deral sobre produção de soja na região estão aquém da realidade", diz presidente do SR de Maringá/PR
Nesta terça-feira (11), uma reunião para avaliar as perdas das safras causadas pela estiagem severa no Paraná aconteceu no Sindicato Rural de Maringá, com a presença de técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), FAEP, e diversas entidades regionais.
No encontro, o Departamento de Economia Rural (DERAL) do Paraná apresentou os números da produção de soja no Estado, porém, os dados divulgados estão aquém da realidade, segundo José Antônio Borghi, presidente do Sindicato Rural de Maringá.
O DERAL apontou na reunião que as perdas na produção de soja chegam a 50%. No entanto, na avaliação do nosso presidente, os números atingem entre 70% a 80% de perda na média regional.
Borghi, que planta soja há cinquenta anos na cidade de Maringá, afirma que nunca viu uma estiagem dessa proporção e abrangência nesta época do ano, que tem afetado intensamente a produção agropecuária no Paraná.
No ponto de vista do presidente, ficou evidente nas ponderações de cada órgão que há uma forte necessidade de amparo do governo estadual e federal no processo de renegociações dos produtores aos bancos, cooperativas e empresas fornecedoras de insumos que participam da cadeia de grãos do estado. Segundo ele, novos programas de escalonamento de investimentos e dívidas, que não serão cobertas pelo PROAGRO, são necessários.
A preocupação do presidente do Sindicato é justamente os últimos números divulgados pelo DERAL e pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), não só em relação à soja, carro chefe da região, mas também quanto às pastagens, cana de açúcar, e outras produções agropecuárias. Em sua perspectiva, a gravidade da situação é muito maior do que foi mostrada pelos órgãos oficiais.
Na tarde de ontem, na cidade de Itambé, foi organizado um comitê local, também para tratar da situação das lavouras e das perdas causadas pela estiagem.
Élio Ramos, que faz parte da diretoria do Sindicato Rural de Maringá, também nos concedeu entrevista e confirmou as avaliações do presidente do Sindicato. De acordo com ele, as perdas de soja na cidade atingem 80% e as colheitas não irão ocorrer, em muitos casos.
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