Soja volta a subir em Chicago na tarde desta 3ª feira e espera pelo USDA
Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago no início da tarde desta terça-feira (11). Perto de 13h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 5,25 e 7,25 pontos nos principais vencimentos, levando o janeiro a US$ 13,82 e o maio a US$ 13,99 por bushel. O julho segue operando na casa dos US$ 14,00, sendo cotado a US$ 14,04.
O mercado vai retomando espaço e fôlego depois das baixas da sessão anterior e da manhã de hoje, buscando se ajustar antes da chegada do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e frente às condições de clima ainda bastante adversas na América do Sul.
As previsões continuam mostrando temperaturas elevadíssimas para Argentina, Paraguai, Uruguai e Sul do Brasil, com a influência de uma severa onda de calor, além de chuvas escassas ou completamente ausentes. No Centro-Oeste, Sudeste e MATOPIBA, no Brasil, o que mais traz preocupação é o excesso de chuvas.
Ainda no radar dos traders nesta terça-feira esteve o novo número da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que revisou a estimativa para a safra 2021/22 de 142,8 para 140,5 milhões de toneladas, frustrando algumas expectativas do mercado dado o corte tão tímido diante de relatos de perdas tão agressivas pelos produtores em todas as regiões do país.
Para Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, a quebra no Brasil é muito mais séria do que isso e a Conab foi bastante moderada em seu corte, e poderia ter trazido algo entre 135 e 138 milhões de toneladas.
"O Brasil não repete nem mesmo a safra do ano passado, podemos chegar a perto de 130 milhões de toneladas somente, e digo depois de ter visitado muitas lavouras no sul do país e ouvindo relatos de produtores do Brasil inteiro. Temos problemas em todos os lugares agora e o clima é muito diferente do que tivemos no ano passado", diz.
Os traders também seguem atentos ao mercado financeiro e ao comportamento da demanda, que ainda traz algumas preocupações diante das exportações ainda lentas nos EUA e de margens de esmagamento ruins na China.
Ainda nesta terça, o USDA informou uma nova venda de 100 mil toneladas de soja para o México. O volume é todo da safra 2021/22.
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