Soja cai forte em Chicago com pressão do financeiro, mas clima na AMS preocupa
As baixas no mercado da soja se intensificavam na tarde desta segunda-feira (10) e, por volta de 14h10 (horário de Brasília), as cotações perdiam mais de 20 pontos nos contratos mais negociados. Dessa forma, o janeiro voltava aos US$ 13,78 e o maio a US$ 13,94 por bushel.
O mercado dá continuidade ao seu movimento de realização de lucros e acompanha um dia de maior aversão ao risco entre todos os mercados. Não caem só as commodities agrícolas, como também os demais grupos e as bolsas no mundo todo, principalmente as americanas.
"A queda de hoje é continuação do movmiento do início do ano, momento em que o banco central norte-americano se mostrou mais preocupado quanto ao comportamento da inflação", explicam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.
Além do financeiro, o mercado também se protege antes da chegada dos novos relatórios desta semana, entre eles o novo boletim da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), com ambos podendo corrigir para baixo - de acordo as expectativas - os números da safra 2021/22.
Ainda assim, apesar desses fatores todos, o foco central permanece sobre o clima adverso que ainda vigora na América do Sul. O final de semana foi de tempo quente e seco no sul do Brasil e na Argentina, e as previsões seguem indicando um cenário bastante desfavorável para as lavouras nos próximos dias.
Informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) mostram uma onda de calor atinge o Sul do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com as temperaturas podendo chegar aos 44 graus no Rio Grande do Sul.
Do mesmo modo, o excesso de chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e MATOPIBA também são um ponto de muita preocupação, já que prejudica campos de soja em importantes regiões produtoras.
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