Soja: Farelo sobe 3% na CBOT com clima ruim na Argentina e puxa também o grão
Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago na tarde desta sexta-feira (7). O mercado registrava altas de 9,50 a 19,50 pontos nos principais contratos, com o janeiro sendo cotado a US$ 13,86 e o maio - referência para a safra brasileira - valendo US$ 14,15 por bushel. Os ganhos do grão acompanham os ganhos do farelo, que voltou a subir na tarde de hoje.
No mesmo momento, os futuros do derivado tinham altas de mais de 3%. O mercado do farelo de soja sobe de olho nas preocupações sobre a safra da Argentina, uma vez que é de lá que vem a maior parte das exportações do subproduto. Ontem, o Ministério da Agricultura local e a Bolsa de Cereales de Buenos Aires apontaram a continuidade das adversidades climáticas e uma piora nas lavouras de soja - e milho - do país.
"Os próximos dias devem ser de calor intenso em nossos vizinhos, com temperaturas médias oito graus acima do histórico para o período. Com altas temperaturas e poucas precipitações, lavouras argentinas devem passar por momentos difíceis até a entrada de uma nova frente fria na segunda quinzena do mês", afirma o time da Agrinvest Commodities.
O mercado do farelo vê as preocupações crescerem com a safra da matéria-prima em sua principal origem comprometida pelo clima em um momento onde a oferta do derivado segue bastante comprometida. E mais do que isso, os demais países produtores de soja da América do Sul também continuam sofrendo com adversidades climáticas e quebras de produção.
No Brasil, somente o sul do país já acumula uma perda, de acordo com algumas consultorias, de 15 milhões de toneladas. E no Centro-Oeste, onde chove demais, as regiões relatam perdas de qualidade, dificuldade para o avanço da colheita e a pressão maior de algumas doenças, especialmente as fúngicas.
Além das questões climáticas, o mercado hoje também se apoia em uma nova venda de soja anunciada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para destinos não revelados, o qual o mercado especula ser a China. Foram 120 mil toneladas da safra 2022/23.
"Nas últimas semanas a China teria comprado mais de 10 barcos para embarque outubro, safra 2022/23", complementa a Agrinvest.
1 comentário
![Soja despenca em Chicago, mas na sequência mercado pode voltar a ficar lateralizado](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/soja-6-jHjOU.jpg)
Soja despenca em Chicago, mas na sequência mercado pode voltar a ficar lateralizado
![Soja desaba 4% nesta 6ª feira em Chicago, acompanhando perdas agressivas do óleo, farelo e grãos](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/whatsapp-image-2024-05-16-at-094208-KaMki.jpeg)
Soja desaba 4% nesta 6ª feira em Chicago, acompanhando perdas agressivas do óleo, farelo e grãos
![Soja, derivados e grãos despencam em Chicago nesta tarde de 6ª feira; soja devolve o que subiu na semana](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/whatsapp-image-2023-04-14-at-164358-UTwpg.jpeg)
Soja, derivados e grãos despencam em Chicago nesta tarde de 6ª feira; soja devolve o que subiu na semana
![Soja: Mercado em Chicago recua nesta manhã de 6ª, devolvendo parte dos ganhos da sessão anterior](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/soja-vagem-amarelada-cna-6-nvO1o.jpg)
Soja: Mercado em Chicago recua nesta manhã de 6ª, devolvendo parte dos ganhos da sessão anterior
![Alta do farelo com ameaça de greve na Argentina e clima seco nos EUA estimulam cobertura de fundos e soja reage em Chicago](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/soja-36-g0HeH.jpg)
Alta do farelo com ameaça de greve na Argentina e clima seco nos EUA estimulam cobertura de fundos e soja reage em Chicago
![Soja volta a subir em Chicago, intensifica os ganhos e acompanha avanço de mais de 2% do farelo](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/400x200-ar/soja-e-farelo-LYB6d.png)
Soja volta a subir em Chicago, intensifica os ganhos e acompanha avanço de mais de 2% do farelo
Ivo Bortolassi Foz do yguacu - PR
Aguardando ansiosamente o próximo relatório do USDA.