Soja: Chicago fecha em queda e preços no Brasil tem 4ª feira de comportamento misto no interior
A quarta-feira (24) não foi de comportamento regular para os preços da soja negociados no mercado brasileiro. OS indicativos recuaram nos portos e em algumas praças de comercialização, enquanto em outras as cotações encontraram fôlego para testarem novas altas. Enquanto em Rio do Sul, Santa Catarina, a referência no físico subiu 1,27% para R$ 159,00 por saca, em Primavera do Leste, Mato Grosso, a baixa foi de 2,04% para fechar o dia com R$ 153,80.
Nos portos, Paranaguá ficou com R$ 169,00 no disponível e R$ 164,00 para fevereiro de 2022, com baixas de 0,59% e 0,61%, respectivamente. Em Rio Grande, R$ 168,00 e R$ 163,00, com perdas de 0,59% e 0,61%.
Apesar das correções, os preços seguem favoráveis e ainda dando boas chances de comercialização para os produtores brasileiros, segundo explicam analistas e consultores. Parte do suporte para os preços vem dos bons patamares que ainda se apresentam na Bolsa de Chicago - acima dos US$ 12,50 -, do dólar e da demanda pela oleaginosa brasileira que segue forte.
Há um movimento forte de procura da China por soja brasileira neste momento, onde as compras nos EUA seriam mais "comuns". O dólar alto frente ao real também é um dos atrativos para a oleaginosa brasileira. Mesmo com a baixa de 0,25% nesta quarta, a moeda americana fechou em R$ 5,60.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam o dia com baixas de 6,50 a 7,25 pontos nos principais vencimentos. O janeiro concluiu a sessão com US$ 12,66 e o maio com US$ 12,86 por bushel.
O mercado segue esperando por novidades fortes o suficientes para direcionarem as cotações. Enquanto isso, permanece no foco o desenvolvimento da nova safra da América do Sul e o comportamento ainda fraco das compras da China nos EUA.
Há pressão vinda também do mercado do trigo, que opera com baixas de dois dígitos em Chicago nesta tarde. Após bater suas máximas em nove anos, o mercado vem realizando lucros às vésperas do feriado de Ação de Graças nos EUA, que costuma deixar o mercado de grãos mais fraco.
Nesta quarta, os futuros do cereal fecharam o dia com baixas de 15 a 19,25 pontos nos contratos mais negociados. O vencimento dezembro ficou em US$ 8,36 e o maio com US$ 8,56 por bushel.
ÓLEO DE SOJA
A exceção no complexo soja hoje é o óleo, que sobe mais de 1% na Bolsa de Chicago. Segundo explicam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities, o derivado avança diante da recuperação do percentual de contribuição do óleo em relação ao farelo para a soja, o chamado oil-share.
Na contramão, o farelo de soja perdeu mais de 1% nesta quarta-feira.
"Após algumas semanas sob pressão com a alta do farelo, o oil share se recupera nesta semana, ampliando sua participação na margem de esmagamento de soja, derrubando o farelo e suportando a soja. Este movimento se fundamenta na situação dos mandatórios dos biocombustíveis nos EUA, que ainda segue em um empasse", explica o time da Agrinvest.
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