Soja: Chicago tem 2ª feira morna e Brasil, em véspera de feriado, tem preços também estáveis
Assim como na Bolsa de Chicago, as oscilações dos preços da soja no mercado brasileiro foram pulverizadas nesta segunda-feira (1). Apesar da alta do dólar - de 0,43% para R$ 5,67 -, os ganhos no interior foram pontuais, como foi o caso da Amambai, no Mato Grosso do Sul, onde a saca foi a R$ 160,00 com alta de 0,63%; no Oeste da Bahia a R$ 160,00 subindo 1,27% ou Ponta Grossa, no Paraná, para R$ 170,00, com ganho de 0,59%. Já em Cascavel, baixa de 1,25% para R$ 158,00 por saca, ou de 1,23% em Palma Sola, Santa Catarina.
As demais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, que são a maior parte, fecharam o dia - véspera de feriado do Dia de Finados no Brasil - com estabilidade, e os negócios registrados foram poucos e bem pontuais. O foco maior dos produtores tem sido o plantio da safra 2021/22.
De acordo com o levantamento da AgRural, a semeadura brasileira da soja já chega a 52% da área, contra 42% do mesmo período do ano anterior. A nova safra vai caminhando bem, se construindo de forma saudável, dando sinais, inclusive - com o ritmo mais acelerado da história - de que as primeiras colheitas poderiam se dar já no final de dezembro, início de janeiro.
"Com a semeadura da soja na reta final, Mato Grosso já garantiu uma boa janela para o plantio da segunda safra de milho nos dois primeiros meses de 2022, que será prejudicado somente se chover demais no período a ponto de atrasar a colheita da oleaginosa. As primeiras áreas plantadas com soja no estado, aliás, já devem começar a ser colhidas na semana do Natal, reforçando a expectativa de abastecimento normal em janeiro", informam os especialistas da consultoria.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa terminaram o dia com estabilidade. O contrato novembro fechou com alta de 1 ponto, valendo US$ 12,36, enquanto o maio/22, referência para a safra brasileira, foi a US$ 12,67 por bushel. O mercado caminhou de lado durante toda a sessão, não acompanhou a disparada dos preços do trigo - e consequentemente do milho - e não reagiu nem ao menos ao anúncio de uma nova venda de soja dos EUA para a China reportada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
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Foram 132 mil toneladas e todo volume é todo da safra 2021/22. As vendas feitas no mesmo dia, para o mesmo destino e com volumes iguais ou superiores a 100 mil toneladas devem sempre, por lei, serem reportadas ao departamento.
As compras de soja da China nos EUA continuam se mostrando mais lentas do que as do ano passado, enquanto a nação asiática segue diversificando suas origens. Nas últimas semanas, inclusive, algumas compras foram feitas no Brasil para embarque novembro.
O mercado internacional segue caminhando de olho em seus fundamentos e em notícias já conhecidas, como a boa conclusão da safra norte-americana - e a expectativa do novo boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) podendo trazer um índice de trabalhos de campo superior a 80% - e o plantio brasileiro.
"As condições climáticas previstas são de clima predominantemente seco em boa parte dos EUA para os próximos dez dias, o que favorecerá o avanço das atividades", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa. Do mesmo modo, explica ainda que "para a América do Sul, chuvas leves continuam sendo indicadas para o Sul do Brasil, boa parte da Argentina e do Paraguai. Chuvas mais volumosas são previstas para o Mato Grosso, Goiás, Minas e Matopiba, assim como nas províncias argentinas de Córdoba e Santiado del Estero".
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