Soja sobe mais de 1% na Bolsa de Chicago acompanhando disparada do farelo e cenário na China
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem em campo positivo e intensificando suas altas entre as posições mais negociadas nesta terça-feira (19). Perto de 11h50 (horário de Brasília), as cotações subiam mais de 1% - ou com ganhos que variavam de 15,75 a 16,50 pontos - levando o novembro aos US$ 12,37 e o maio/22 a US$ 12,62 por bushel.
Também na CBOT, o farelo de soja subia mais de 2% entre os principais contratos, se destacando no complexo. No óleo, os ganhos eram de pouco mais de 0,5%.
Como explica o analista de mercado da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, o mercado enxerga espaço para o avanço diante de algumas informações importantes que chegam da China, entre elas uma recuperação nos preços da carne suína no país - a qual já acumula um ganho de 16% - o aumento das vendas de farelo de soja e o yuan - a moeda chinesa - perto das máximas frente ao dólar, o que deixa a oleaginosa importada mais barata.
"E o mercado entende que isso tudo deve se reverter em mais compras de soja por parte da China", explica Vanin.
Os traders ainda acompanham os baixos estoques chineses de farelo, que podem ser reflexo pelos feriados prolongados no país ou pelos desdobramentos da crise energética no país, que forçaram a interrupção do processamento em algumas plantas. Assim, ainda segundo os analistas da Agrinvest, foco sobre como as novas compras de oleaginosa pela nação asiática acontecerão nas próximas semanas e meses.
O mercado dá atenção ainda aos seus fundamentos e os números da colheita americana que foram divulgados no final da tarde de ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e que vieram abaixo das expectativas e do mesmo período do ano passado. A colheita da soja, até o último domingo (17), foi concluída em 60% da área, contra 62% esperados pelo mercado e abaixo dos 73% do mesmo período do ano passado. A média dos últimos cinco anos, no entanto, é de 55%.
No Brasil, atenção aos trabalhos de campo e ao rtimo de plantio que é o segundo mais acelerado da história.
Além dos fundamentos, o mercado da soja encontra suporte também no humor melhor do financeiro hoje, diante de bons resultados de balanços que chegam de empresas nos EUA no último trimestre, puxando as bolsas, demais commodities - com o petróleo subindo - e o dólar index caindo 0,3%, sinalizando essa menor aversão ao risco.
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