MS deve expandir área plantada e colher 12,7 milhões de t de soja na safra 2021/22
Na safra 2021/2022 o agricultor de Mato Grosso do Sul deverá colher um volume de soja inferior ao ciclo passado, quando o estado atingiu recorde. A estimativa é de 533 toneladas a menos que a safra anterior, chegando a um total de 12,7 milhões de toneladas do grão, volume que deve ser colhido de uma área 7% maior, atingindo 3,7 milhões de hectares.
Os dados são da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), que também estima custo 12% maior no atual ciclo. O lançamento oficial da safra de soja 2021/22 foi realizado nesta terça-feira (28), com transmissão ao vivo pelo Canal do Boi e participação do Governo do Estado e Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Mato Grosso do Sul deve alcançar média de 56 sacas por hectare, previsão menor que a safra passada, quando as condições climáticas garantiram aumento na produção e média de 62 sc/ha. Para a safra 2021/22 as chuvas devem ficar abaixo da média e, para nortear o produtor sobre o clima, uma parceria entre Aprosoja, Famasul e Cemtec/MS (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima) da Semagro, garante a elaboração de um boletim sobre o tema.
Se por um lado a produção deve ficar abaixo, o Estado se destaca pelo avanço na conversão de área para a agricultura. Avaliando a linha do tempo da produção de grãos no Estado, a safra que se inicia representa um avanço de 99,38% em relação à área destinada ao cultivo de soja, quando comparado ao ciclo 2009/2010.
“São mais de 10 anos que representam o nível tecnológico e o empenho sustentável do agricultor sul-mato-grossense. Essa área avançou de 1,7 milhão para 3,5 milhões de hectares na última safra, em cima de áreas antropizadas ou substituindo culturas já existentes, como pastagem e cana-de-açúcar”, destaca o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
O governador Reinaldo Azambuja destacou o avanço e a potência do agronegócio sul-mato-grossense. “Ficamos contentes com a evolução do Estado nos últimos seis anos, com crescimento da área plantada pautado na pesquisa e tecnologia. Fruto de uma grande parceria realizada com os órgãos de pesquisa que dão segurança ao produtor diante das intempéries climáticas. Aliado a isso temos ações importantes de sustentabilidade, como o Estado Carbono Neutro, um compromisso nosso de zerar a emissão de CO2 até 2030”.
Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que de 2015 até agora o Estado incorporou 1,2 milhão de hectares novos na agricultura, graças ao emprego de tecnologia e políticas públicas que garantem a conversão de áreas com sustentabilidade. “Também temos transformado nossas commodities agregando valor à produção e aumentando a demanda pelos grãos. Prova disso que temos 27,15% da safra comercializada sem nem ter sido plantada”.
Presidente da Famasul, Marcelo Bertone ressaltou a aptidão do Estado para a produção agrícola aliado à ciência e tecnologia adotada pelos produtores, além disso, as políticas públicas realizadas pelo Governo que dão condições melhores principalmente para escoamento da produção, além da abertura de novos mercados. “Na safra passada tivemos incremento de 18%, chegando a 3 milhões de toneladas de soja e 3,5 milhões de hectares plantados, tenho certeza que o produtor tem condições de superar os números com a colaboração do clima”.
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