Soja fecha em queda na CBOT, mas sobe no interior e portos do BR acompanhando dólar
O mercado da soja fechou o pregão desta segunda-feira (29) em queda na Bolsa de Chicago. As perdas foram tímidas e variaram entre 2 e 7,50 pontos nos principais contratos, com o maio valendo US$ 13,93 e o setembro, US$ 12,55 por bushel. Os preços atuaram durante todo o dia em campo negativo, testando baixas limitadas, com o mercado se ajustando à espera dos novos boletins que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na quarta-feira, 31 de março.
Ao longo do pregão, como explicou a Agrinvest Commodities, as cotações marcaram suas mínimas em cinco semanas e foram pressionadas também pela alta do dólar frente ao real e de exportações, ao menos por agora, mais lentas dos EUA. Do mesmo modo, condições um pouco melhores de clima no país para o início da safra 2021/22 também ajudam a pesar sobre os futuros da oleaginosa.
EXPECTATIVAS USDA
Os números que chegam nesta quarta-feira, 31 de março, deverão apresentar diferenças em relação aqueles que foram apresentados em fevereiro, durante o USDA Agricultural Outlook Forum, quando o departamento trouxe apenas suas primeiras impressões sobre a nova safra. Serão considerados pelos agricultores neste momento, inclusive os primeiros indicativos do clima para o plantio que, no caso do milho, já foi iniciado mais ainda se desenvolve de forma bastante tímida.
Para a soja, a Farm Futures projetou uma área de 35,82 milhões de hectares (88,51 milhões de acres). Entre as estimativas levantadas por Braun, a média é de 36,42 milhões de hectares (89,99 milhões de acres), com as projeções variando entre 34,84 e 37,07 milhões de hectares (86,1 e 91,61 milhões de acres).
Para a oleaginosa, o USDA, há um mês, estimou a nova área de soja nos EUA em 36,42 milhões de hectares, bem em linha com a média das expectativas do mercado. Há um ano, a área norte-americana ficou em 33,63 milhões de hectares.
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E como explica o gerente de consultoria agro do Itaú BBA, Guilherme Belotti, são as projeções oficias sobre o tamanho da safra, ao passo em que essa nova temporada vai se iniciando, e mais o potencial da safra norte-americana deverão deixar o mercado em alerta, volátil e desenhando uma melhor direção para os preços.
Ainda nesta segunda-feira, as melhores condições de clima na Argentina, as expectativas de um aumento de oferta de farelo de soja, a baixa demanda da China e também a desvalorização do iuan foram mais fatores de pressão sobre as cotações da soja no mercado em Chicago.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, os preços subiram nesta segunda-feira acompanhando o dólar. No entanto, os ganhos não aconteceram de forma generalizada, dada as baixas registradas na CBOT. As altas no interior variaram entre 0,31% e 1,59%, como os preços ainda se mantendo acima dos R$ 150,00 nas principais praças de comercialização.
Nos portos de Paranaguá e Rio Grande, referências oscilando entre R$ 171,00 e R$ 173,50 - entre o spot e a posição abril - e o junho se aproximando delas no porto de Santos, onde o preço fechou com R$ 172,00.
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