Soja tem 5ª feira de baixas intensas no mercado brasileiro sentindo pressão do dólar
Os preços da soja registraram recuos expressivos nesta quinta-feira no mercado brasileiro. As baixas no interior do Brasil ficou entre 1,23% e 3,53%, refletindo, principalmente, o recuo do dólar. Os valores, todavia, seguem bastante elevados, ainda variando entre os patamares de R$ 155,00 e R$ 170,00 por saca entre as praças de comercialização dos principais estados produtores.
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Nos portos, os preços caíram de forma ainda mais expressiva, perdendo entre 2,86% e 3,45%, com os indicativos variando entre R$ 168,00 e R$ 170,00 para o spot e a posição abril nos terminais de Paranaguá e Rio Grande. Em Santos, mantidos os R$ 180,00 para junho/21.
Os negócios aqui no Brasil, todavia, permanecem lentos, com pouco interesse de venda e mais foco no cumprimento dos contratos já firmados e na conclusão da colheita, que ainda sofre com adversidades climáticas em alguns pontos do país.
"E há uma sinalização de que pode baixar mais com a chegada efetiva da safra, indicativos de embarques melhores, de 600 a 700 mil toneladas, e esse fator acaba pesando sobre o mercado, que já está na calmaria", explica Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
MERCADO EM CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, as cotações fecharam o dia com leves altas de 3,75 a 7,25 pontos, o março cotado a US$ 14,15 e o agosto a US$ 13,62 por bushel.
As cotações tomam fôlego depois das baixas de quase 30 pontos na sessão anterios, quando passaram por uma movimento intenso de realização de lucros.
Ainda assim, o mercado segue acompanhando seus fundamentos, em especial os ligados ao clima na América do Sul, e mantém seu viés positivo, como explicam analistas e consultores de mercado.
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Agora, os traders precisam de mais notícias novas para voltarem a subir com frequência e mais força. Paralelo ao clima para Brasil e Argentina, o mercado acompanha também o clima nos EUA prestes a ser iniciado o plantio da safra 2021/22 e também no mercado financeiro.
Ainda nesta quinta, atenção aos números das vendas semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que vieram ligeiramente acima das expectativas do mercado.
Na semana encerrada em 4 de março, as vendas de soja dos EUA foram de 350,6 mil toneladas, contra projeções de 200 mil a 350 mil toneladas. O volume é 32% maior do que na última semana, mas 5% mais baixo se comparado à média das últimas quatro. A China foi o principal destino da oleaginosa americana.
Em todo ano comercial, as vendas de soja já chegam a 60,431,6 milhões de toneladas das estimadas para serem exportadas até 31 de agosto de 61,24 milhões de toneladas. O total já comprometido é 76% maior do que o número do mesmo período do ano passado.
1 comentário
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Alvaro Andrade Biollo Maringa - PR
O certo seria colher a soja e vender de imediato ... os preços ainda estão ótimos..., depois não venham reclamar.
Pode até ser, mas não vai ter soja pra chegar até fevereiro de 2022... isso se o clima ajudar em setembro o plantio, entao acho que tem espaço pra subir muito ainda ... já o milho ainda pode ter boa produção pra sustentar o mercado, e a tal safrinha deixou o milho a própria sorte.. a cada frustração ou perda, por mais pequena que seja, mexe com o mercado..., para resolver, temos muita terra pra arrumar, que poderia ser produtiva, mas infelizmente não tem ninguém no governo que saiba ou queira dar a devida atenção a isso no Brasil.
Grande parte dessa produção que está sendo colhida agora já foi vendida, e, pelo que vejo aqui na minha região, não está ficando nada em estoque nos silos... do jeito que se descarrega em uma moega já esta sendo embarcado em outra..., em anos anteriores se faziam aqueles piscinões pra armanezar a soja, mas esse ano não tem nada disso,.. o que existe é uma quebra grande aqui na produção, em relação ao ano passado (que foi um ano excepcional em termos de clima). A soja que estão colhendo agora foi muito prejudicado por fator clima, doenças aéreas, etc., e, em termos de mercado, as informações são desencontradas, o preço disponivel de soja está muito bom, resta saber o quanto tem de disponível