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Fundação MT: Aumento de Mancha alvo em soja sob palhada de milho queimada e a ação dos fungicidas no controle da doença

Publicado em 22/02/2021 10:42

A Fundação MT realizou no Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) Norte situado em Sorriso um ensaio para avaliar a mancha alvo na cultura da soja em área queimada. A Pesquisadora da área da Fitopatologia Dra Mônica Müller, juntamente com a equipe do CAD, conduziram os ensaios com intuito de averiguar a pressão de Corynespora cassiicola, patógeno causador da mancha alvo, na área que teve a palhada da cultura antecessora (milho) queimada, cenário que foi observado por muitos produtores da região em um ano seco como 2019, e o outro ensaio sobre área com palhada de milho não afetada pelo fogo, sendo que em ambas áreas foram aplicados os mesmos tratamentos fungicidas, conforme descrito na tabela abaixo:

tabela_fundção_mt_mancha_alvo

Resultado prévio observado a campo:

Comparando os ensaios, foi possível observar que no ensaio sobre a área queimada a severidade da doença foi maior do que na área não queimada.

Em ambos os ensaios, tanto na área queimada quanto na área não queimada, o tratamento 1, sem aplicação de fungicidas nitidamente apresentou maior severidade nos dois ensaios, mesmo em um cenário com ambiente pouco favorável à doença, pela baixa umidade e precipitação durante o início do ciclo da cultura.

No tratamento 2 em que foram feitas apenas duas aplicações durante o ciclo, utilizado um produto com baixa eficiência de controle para mancha alvo na primeira aplicação (35 DAE), e um grande intervalo entre as aplicações, a severidade ficou muito próxima da observada na testemunha.

Já nos tratamentos com três aplicações de fungicidas durante o ciclo (tratamentos 3 e 4), iniciando as aplicações aos 35 DAE e com intervalos de 15 dias entre as aplicações, foram os tratamentos que apresentaram menor severidade nos dois ensaios, revelando que a primeira aplicação aos 35 DAE, seguida de aplicações com intervalos de 15 dias e o posicionamento de fungicidas eficientes no controle da mancha alvo logo nas primeiras aplicações, apresenta o melhor resultado de controle de mancha alvo. 

No tratamento 5, com apenas duas aplicações, e a primeira aplicação tardia (45 DAE), simulando um atraso na primeira aplicação, mesmo que com produtos eficientes controle de mancha alvo, não apresentou resultado satisfatório, apresentando manchas no baixeiro.

fundação_mt_mancha_alvo

Conclusão com base no que foi observado:

No comparativo das duas testemunhas a severidade foi maior na área queimada em relação a não queimada. Uma hipótese levantada pela equipe da Fundação MT, levando em conta que mancha alvo é uma doença que está presente nas áreas, foi que a ausência de cobertura do solo fez com que, durante a chuva, o respingo facilite a chegada do patógeno causador da mancha alvo, nas folhas da soja. Outro ponto a ser considerado de acordo com o observado, é a importância do posicionamento de produtos direcionados ao controle de mancha alvo já nas primeiras aplicações, de forma preventiva, mesmo que em condições desfavoráveis à ocorrência da doença, para evitar que quando as condições forem favoráveis e haja o fechamento do dossel, a doença não consiga se estabelecer no baixeiro da planta, bem como manter intervalos de 15 dias entre as aplicações, para evitar a evolução da doença na lavoura.

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Fonte:
Fundação MT

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