Soja volta a subir e fecha com mais de 10 pts de alta em Chicago focando problemas na Argentina
Os futuros da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (3), depois de consecutivas e fortes baixas, encerrando o dia com altas de mais de 10 pontos nos primeiros contratos. O março voltou a se aproximar dos US$ 13,70 e o maio superou os US$ 13,60. Já o agosto retomou o patamar dos US$ 13,00 por bushel.
Ao longo do dia, as cotações chegaram a perder até 8 pontos entre as posições mais negociadas.
O mercado foi, como explicam analistas e consultores, recompondo parte de suas posições e devolvendo as baixas das últimas sessões, frutos de vários dias de realizações de lucros. Paralelamente, a força dos fundamentos também permanece muito latente entre os negócios com a soja.
A oferta segue muito limitada nos Estados Unidos - diante de vendas e embarques acontecendo em um ritmo bastante acelerado - e atrasada no Brasil, com a colheita ainda alcançando um índice baixo em relação a anos anteriores em função do excesso de chuvas e do atraso que já foi registrado no plantio 2020/21.
De acordo com analistas, em função disso a tendência é de que as exportações brasileiras ganhem mais ritmo a partir de meados de fevereiro, início de março, com a chegada mais efetiva da nova oferta nacional.
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Ainda de olho na América do Sul, a Argentina também ganhou mais peso nesta quarta-feira, com a greve dos caminhoneiros, como informou a Agrinvest Commodities.
"Caminhoneiros estão bloqueando o acesso aos terminais portuários, reduzindo o fornecimento de soja para as processadoras. A mídia local tem reportado que a adesão está aumentando, o que pode impactar o porto de Rosário, terminais que respondem por 80% do escoamento de grãos e derivados da soja", explicaram os analistas da Agrinvest.
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Assim, os futuros do farelo de soja subiram nesta quarta-feira, registrando ganhos de quase 2% na Bolsa de Chicago, puxando também os preços do grão na CBOT. Afinal, a lacuna deixada pelo derivado argentino dá mais espaço ao produto tanto dos Estados Unidos, quanto do Brasil.
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