Argentina: Apesar dos impactos do La Niña, últimas chuvas trazem "alívio hídrico", diz Bolsa de Rosário

Publicado em 20/01/2021 15:04

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As chuvas mais recentes que chegaram à Argentina nos últimos dias ajudaram a mudar o cenário da produção de soja no país, mesmo que não em sua totalidade. Embora nas últimas 24 horas os volumes tenham sido bastante limitados, os últimos dias - entre 14 e 18 de janeiro - foram de precipitações consideráveis e melhor distribuídas que trouxeram, como reportou a Bolsa de Comércio de Rosário, "alívio hídrico" às lavouras argentinas. 

Ainda de acordo com informações da Bolsa de Rosário, foram volumes que superaram 45m em 80% dos territórios de Santa Fé, quase metade de Córdoba e Entre Rios, parte do Chaco, Santiago del Estero, Tucumán, Salta, Formosa e Misiones, todas importantes regiões produtoras de grãos do país. A parte norte da Argentina foi a mais beneficiada, depois de semanas de tempo muito seco e quente, mas boas chuvas foram registradas também no centro do país. 

Chuvas acumuladas na Argentina entre 14 e 18 de janeiro 2021 - Fonte: Bolsa de Rosário

Chuvas acumuladas na Argentina entre 14 e 18 de janeiro 2021 - Fonte: Bolsa de Comércio de Rosário

Apesar destas condições, os especialistas em clima da instituição destacam a influência do La Niña sobre o regime de chuvas na Argentina, classificando o fenômeno como um dos seis mais intensos dos últimos 30 anos. "No entanto, este alívio hídrico continua se consolidando", explicam o Dr. José Luis Aiello e o consultor Alfredo Elorriaga à bolsa. 

"No momento, os fluxos de umidade continuam agindo. E continuarão entrando pelo sul do Brasil. Mas, no curto prazo, haverá um período de alta estabilidade na região central. Tudo parece indicar que o aquecimento da superfície do Atlântico continuará ativo. Mas esse indicador é muito mais volátil que o do Pacífico e é preciso monitorá-lo semana a semana ”, respondem os especialistas.

No boletim diário do Commodity Weather Group, os especialistas mostram as previsões indicando, para os próximos dias, uma cobertura novamente limitada, em menos de 10% das áreas de soja e milho na Argentina. 

Os mapas trazidos pelo CWG para os próximos dias sinalizam ainda chuvas abaixo da média entre 20 e 24 de janeiro, mas acima nos dois períodos seguintes - de 25 a 29 e de 30 de janeiro a 3 de fevereiro. 

Mapas - Commodity Weather Group

Previsões para a América do Sul - Fonte: Commodity Weather Group

"Pode haver um retorno das chuvas para boa parte da Argentina nas próximas terça e quarta-feiras, mantendo em níveis bem menores o stress hídrico. E apesar da possibilidade de regiões sofrerem ainda pontualmente com o tempo nos próximos 11 a 15 dias, as preocupações já são menores do que se observava há algumas semanas", explicam os meteorologistas do instituto internacional. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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