Soja sobe quase 50 pts na Bolsa de Chicago nesta 3ª feira com foco no clima e no dólar
Continua a disparada dos preços da soja na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (5), com o mercado intensificando suas altas entre as posições mais negociadas. Por volta de 13h (horário de Brasília), as cotações subiam quase 50 pontos, levando o janeiro a US$ 13,63 e o março a US$ 13,62 por bushel. O mercado segue refletindo seus fundamentos e também a movimentação do dólar no exterior.
A moeda americana recua expressivamente frente a seus pares, principalmente frente à divisa chinesa. "A China trabalha com seu menor patamar cambial frente ao dólar desde 2014 e isso dá maior apetite à soja importada, garantindo o rally em Chicago", explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
Quanto ao clima na América do Sul, os principais destaques se dão para a Argentina. A maior parte da região produtora continua sofrendo com o tempo seco e também com temperaturas muito elevadas, cenário que continuam prejudicando o desenvolvimento das lavouras de soja e milho no país.
Na análise da Agrinvest, a produção sul-americana pode registrar uma perda de até 14 milhões de toneladas nesta temporada, pressionando ainda mais os estoques já muito apertados dos Estados Unidos. Segue chegando a um nível ainda mais crítico, portanto, a relação entre oferta e demanda no quadro mundial da oleaginosa.
Os estoques norte-americanos, afinal, já estão muito baixos, com apenas pouco mais de 4 milhões de toneladas, e acabam ficando ainda mais pressionados frente a uma safra sul-americana menor e uma demanda que ainda é bastante latente e com força de crescimento.
Ao lado dos fundamentos, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o ambiente financeiro favorável às commodities nesta terça-feira também contribui para a continuidade da escalada dos preços da soja em Chicago.
Não só a oleaginosa sobe quase 4% no mercado futuro norte-americano, mas avançam ainda os futuros do milho e do trigo, bem como as soft commodities negociadas na Bolsa de Nova York, ao lado do petróleo, que tem altas de mais de 4% para o WTI.
Brandalizze complementa ainda explicando que o mercado da soja é bastante comprador neste momento, porém, com poucos vendedores dispostos a ofertar sua soja, principalmente no Brasil, onde boa parte da nova safra já foi comercializada.
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Diego J. bastos Abreulandia - TO
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