Soja intensifica perdas em Chicago, cai mais de 1%, mas disparada do dólar no BR mantém preços fortes

Publicado em 20/08/2020 11:10 e atualizado em 20/08/2020 13:25

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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago intensificam suas baixas no pregão desta quinta-feira (20) e, por volta de 11h10 (horário de Brasília), cediam mais de 1% - ou registrvam perdas de 5,75 a 8 pontos nos principais vencimentos. Assim, o contrato novembro tinha US$ 9,06 e o março/21, US$ 9,15 por bushel. 

As vendas semanais norte-americanas muito fortes para a safra nova, passando de 2,5 milhões de toneladas, foram insuficientes para frear o movimento de realização de lucros desta quinta-feira. 

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Enquanto isso, no Brasil, o dólar passa a ser o destaque. A moeda americana dispara nesta quinta, sobe mais de 2% e chega aos R$ 5,65, o que mantém as cotações ainda muito firmes e sustentadas no Brasil. 

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Por outro lado, o mercado brasileiro se mostra vazio de novos negócios, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "Continuamos com uma forte pressão de compra, na faixa de R$ 125 a R$ 130 no Sul do Brasil nas posições comentadas para lotes livres, nos portos entre R$ 128 e R$ 130 do lado dos compradores, mas sem vendedores. A soja sumiu", diz Brandalizze. 

O consultor explica que há menos de 10 milhões de toneladas de soja disponível ainda para serem comercializadas - contra normalmente algo perto de 20 milhões para este período do ano, além de mais de 45% da nova safra do país já estar comprometida com a comercialização. 

"E agora, o produtor quer se focar no plantio, no clima, no que está por vir e fazer um bom trabalho agora. Assim, a semana vai passando praticamente sem negócios, apenas com situações pontuais de novos fechamentos, explica o consultor. 

MERCADO EM CHICAGO

Os traders mantêm sua postura mais cautelosa e acompanham o levantamento de dados do Crop Tour ProFarmer, em andamento nos EUA para avaliação da safra 2020/21. 

Mais do que isso, o mercado também se ajusta depois de bater nas máximas em sete meses e espera por novas informações para que continue se posicionando. Ainda assim, permanece no centro das atenções as questões ligadas à demanda e ao clima no Corn Belt. 

Segundo Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar, as baixas revelam ainda que "os traders já estão antecipando que o crop tour da ProFarmer pode não confirmar as perdas esperadas após passagem da tempestade Derecho na semana passada".

Nesta quinta-feira (20), caem todas as commodities, e não só as agrícolas. "Petróleo tem 1% de baixa, mostrando também que os fundos de commodities estão em modo de liquidação, ou para garantir alguns lucros ou para se proteger contra o pessimismo relacionado a Covid e economia global. O dólar em leve alta com postura também de aversão ao risco dos traders", completa Cachia.

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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