Soja tem bons ganhos no interior e portos do BR, mas fecha no vermelho em Chicago
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam o pregão desta terça-feira (7) em campo negativo. O mercado operou em baixa durante todo o dia, realizando lucros depois das altas consistentes da sessão anterior e terminou os negócios com perdas de 1,75 a 3,75 pontos nos principais contratos.
Assim, o julho terminou o dia com US$ 8,95 e o novembro, US$ 9,02 por bushel. Os traders seguem acompanhando os mapas climáticos para o Meio-Oeste norte-americano.
"Uma previsão de mudança aumentou a probabilidade de precipitação no leste do Corn Belt e nas Planícies do Norte, o que seria favorável ao desenvolvimento da soja. Como resultado, os preços caíram", explicam os especialistas do portal norte-americano Farm Futures.
Ao mesmo tempo, o mercado também começa a ajustar suas posições antes do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os novos números chegam no dia 10 de julho, sexta-feira. E as expectativas indicam que possa haver uma redução dos estoques e uma revisão positiva da demanda.
Paralelamente, a expectativa para novas compras no mercado norte-americano também permanecem no radar dos traders e, nesta terça-feira, o USDA não trouxe mais anúncios, ajudando a manter a pressão sobre as cotações.
MERCADO NACIONAL
No Brasil, com uma nova alta do dólar frente ao real - que fechou o dia com R$ 5,39 - os preços da soja subiram no interior do Brasil, com preços acima dos R$ 100,00 em praticamente todas as regiões produtoras.
Nos portos, os preços também subiram, mas o interior e a demanda interna ainda se mostram mais atrativos para novos negócios. Em Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 115,00 por saca, enquanto em Rio Grande foi a R$ 114,30. Para a soja da safra nova, R$ 107,00 no terminal paranaense e R$ 106,00 no gaúcho.
A demanda interna tem mostrado sua força e seu potencial. E assim, já pagam mais pela pouca soja disponível que há ainda no país para garantir seu abastecimento e, dessa forma, seguir com suas atividades diante de um consumo forte de farelo e óleo de soja.
"A indústria entra agressivamente, comprando os lotes livres que aparecem para ter matéria-prima para trabalhar", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
O executivo cita ainda as importações de soja do Brasil, apontadas no relatório da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) em 13 mil toneladas, "sinalizando a necessidade de grãos para o mercado brasileiro".
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