Farelo de soja cede mais de 1% em Chicago e pressiona o grão com paralisação de frigoríficos nos EUA
O mercado da soja intensificou suas baixas na Bolsa de Chicago e, por volta de 13h50 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 8,25 e 11,25 pontos nos principais vencimentos, com o maio valendo US$ 8,52 e o agosto, US$ 8,63 por bushel.
Em contrapartida, o dólar voltava a subir nesta segunda-feira (13), registrava um aumento de quase 2% para voltar a se aproximar do R$ 5,20. O movimento ajuda a balancear a formação dos preços no Brasil, que ainda seguem elevados e remuneradores, apesar da pequenas baixas observadas nos últimos dias.
"Os preços da soja se enfraqueceram nos últimos dias, mas seguem em patamares bastante elevados. O Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa (Paranaguá – PR) fechou a R$ 100,07/saca de 60 kg na quinta-feira, 9, queda de 1,13% na parcial de abril", explicam os pesquisadores do Cepea.
O mercado internacional sente a pressão severa dos desdobramentos do coronavírus nos EUA, que já provocou o fechamento temporário de algumas agroindústrias nos EUA, incluindo a maior processadora de carne suína do país, a Smithfields, indeterminadamente.
"O farelo tem sido um grande peso sobre o mercado de soja, com todas as notícias sobre as plantas de processamento de animais fechadas", disse Tom Fritz, um corretor de commodities do EFG Group LLC ao jornal norte-americano Financial Post.
Na tarde desta segunda-feira, os futuros do farelo de soja negociados na Bolsa de Chicago cediam mais de 1%, pressionados pelas notícias e puxando os preços do grão. "A paralisação de frigoríficos nos EUA traz pressão sobre o consumo de rações, impactando negativamente", explicam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.
Mais do que isso, o mercado ainda reflete os estoques maiores de soja nos EUA, que foram revisados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última quinta-feira (9), em seu boletim mensal de oferta e demanda.
No paralelo, atenção ao início da nova safra norte-americana, as questões climáticas para o Corn Belt e a demanda da China, que precisa voltar ao mercado dos EUA para, segundo explicam analistas e consultores de mercado, movimentar as cotações na CBOT.
"Os traders irão começar a avaliar bem de perto os mapas climáticos para os Estados Unidos na medida em que os produtores se preparam para começar o plantio em mais algumas semanas", explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc
0 comentário
Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira