Soja volta do feriado com estabilidade em Chicago; BR pode ter semana de pressão com dólar
Depois do final de semana prolongado e do feriado da Sexta-Feira Santa, os negócios com a soja na Bolsa de Chicago voltaram com estabilidade e ligeiras altas no pregão desta segunda-feira (13). Os futuros da oleaginosa, por volta de 6h55 (horário de Brasília), subiam entre 0,25 e 1,25 ponto nos principais contratos, com o maio valendo US$ 8,63 e o agosto, US$ 8,74 por bushel.
O mercado olha com atenção ainda para as questões da pandemia do coronavírus, principalmente com a gravidade da pandemia e a severidade das quarentanas nos EUA.
No paralelo, atenção ao início da nova safra norte-americana, as questões climáticas para o Corn Belt e a demanda da China, que precisa voltar ao mercado dos EUA para, segundo explicam analistas e consultores de mercado, movimentar as cotações na CBOT.
"Os traders irão começar a avaliar bem de perto os mapas climáticos para os Estados Unidos na medida em que os produtores se preparam para começar o plantio em mais algumas semanas", explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.
MERCADO BRASILEIRO
Para Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, o mercado brasileiro começa esta nova semana podendo registrar "indicativos próximos da estabilidade ou levemente pressionados, porque há expectativa que o dólar também possa ser, novamente, pressionado para baixo. Se isso se confirmar, mesmo que Chicago avance, pode não segurar os indicativos firmes".
Ainda como explica o consultor, essa baixa no dólar poderia até mesmo favorecer o andamento das cotações no Brasil. Todavia, lembra ainda que há pouco da soja para ser comercializado e "os vendedores mostram intenção de venda curta. Desta maneira, os negócios devem diminuir de ritmo", diz. E este, como completa o consultor, é um fato normal, já que há mais de dois terços da safra já estando negociado e ainda em fase final de colheita. O ritmo dos negócios foi muito acelerado neste ano", conclui.
Veja como fechou o mercado na última semana:
>> Soja barata e fundamentos positivos para o grão criam cenário favorável aos preços em Chicago
Embaixador da China nos EUA diz que acordo comercial está sendo implementado e espera resposta coordenada
XANGAI (Reuters) - A China ainda está implementando a primeira fase do pacto comercial sino-americano, afirmou seu embaixador nos Estados Unidos, mas espera que os dois países possam trabalhar juntos para avaliar a situação e coordenar sua resposta, disse o Global Times no domingo.
As duas maiores economias do mundo assinaram o acordo provisório para interromper uma guerra tarifária prejudicial em janeiro, antes da propagação da pandemia de coronavírus, que ameaça uma depressão econômica global.
Cui Tiankai disse que a China ainda está comprando produtos agrícolas dos EUA e está suspendendo algumas restrições enfrentadas por empresas estrangeiras que entram no seu mercado financeiro, disse o tabloide afiliado ao jornal Diário do Povo, controlado por Pequim.
"Também esperamos que as equipes econômicas dos dois países possam se reunir ou realizar videoconferências para avaliar a situação em mudança e coordenar nossa resposta", afirmou Cui, segundo o tabloide.
Índices da China fecham em baixa com novos casos de coronavírus perto de máxima em seis semanas
XANGAI (Reuters) - Os índices acionários da China fecharam em baixa nesta segunda-feira, uma vez que os novos casos diários de coronavírus se aproximaram de uma máxima em quase seis semanas.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,42%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,49%.
O subíndice do setor financeiro do CSI300 perdeu 0,62%, o de consumo caiu 0,82%, o imobiliário subiu 0,53% e o de saúde ganhou 0,43%.
A província chinesa de Heilongjiang, que faz fronteira com a Rússia, tornou-se o novo centro de batalha contra o coronavírus uma vez que as autoridades informaram o número mais alto de novos casos diários em quase seis semanas, devido a viajantes infectados do exterior.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,33%, a 19.043 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG permaneceu fechado.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,49%, a 2.783 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,42%, a 3.753 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,88%, a 1.825 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,57%, a 10.099 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,16%, a 2.567 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 não teve operações.
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