RS recebe chuvas pontuais, no centro do estado, mas alívio para a soja quase não vem
O Rio Grande do Sul recebeu algumas chuvas nas últimas horas, depois de dias de tempo seco. Os maiores volumes foram registrados no centro do estado - com algo perto de 22 mm em Panambi ou 32 mm em Ibirubá - segundo relatos de produtores locais. Santo Ângelo, Giruá e a capital Porto Alegre também receberam certas pancadas, como mostram as imagens abaixo.
Pluviômetro em Panambi/RS
Previsão do Tempo em Ibirubá/RS
Tempo em Santo Ângelo/RS
O vídeo abaixo mostra a chuva em Panambi:
O alívio para lavouras que estão há mais de 20 dias sem chuvas consideráveis foi apenas momentâneo e pontual, como explica o presidente da Aprosoja RS, Décio Teixeira. Segundo ele, a principal característica desta safra tem sido a má distribuição e os baixos volumes das chuvas, com a possibilidade de que as perdas na produtividade da soja possam se agravar ainda mais.
"As lavouras estão muito necessitadas e aguentam mais algo somente entre 10 e 12 dias sem chuvas", diz Teixeira ao Notícias Agrícolas. "Até mesmo a região de Passo Fundo, que vinha um pouco melhor, já está precisando muito das chuvas agora também. Foi algo somente 'da mão para boca' e não supre as necessidades".
Soja em Ibiraiaras/RS em 23 de fevereiro - Foto: LFMunaretto
Mapas do Inmet (Institituto Nacional de Meteorologia) mostram que nos períodos de 24 horas, 3 e 5 dias, o acumulado da chuvas no Rio Grande do Sul está zerado.
Chuvas acumuladas nas últimas 24 horas - Fonte: Inmet
Chuvas acumuladas nos últimos 3 dias - Fonte: Inmet
Chuvas acumuladas nos últimos 5 dias - Fonte: Inmet
Para os próximos dias, ainda segundo as previsões do Inmet, algumas chuvas são esperadas para o estado gaúcho, porém, concentradas no extremo norte do Rio Grande do Sul, nos próximos dois dias - 26 e 27 de fevereiro. Na sequência, de 29 a 1º de março, algumas novas chuvas podem ser observados no sul gaúcho, porém, com o tempo voltando a secar no dia 2.
Na medida em que as chuvas seguem irregulares, mal distribuídas e de baixo volume, "a esperança vai diminuindo", lamenta o presidente da Aprosoja RS, reafirmando que as lavouras de soja precisam é de continuidade e precipitações volumosas daqui em diante, e com urgência. "Estamos vendo a soja se desidratando e a perda de produtividade pode ser pior do que os 30% que estamos vendo em algumas localidades", diz Décio Teixeira.
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O vídeo abaixo traz um relato das perdas da soja no Rio Grande do Sul, na região de Tupanciretã:
Dessa forma, o presidente acredita ainda que, no atual momento, a perspectiva para a colheita da soja no estado passe a algo entre 13 a 14 milhões de toneladas, contra a estimativa inicial de 19 milhões. "E esse ainda pode ser um número alto".
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