Soja devolve parte dos ganhos em Chicago e fecha a 4ª feira com leves altas

Publicado em 05/02/2020 17:48

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O mercado da soja na Bolsa de Chicago devolveu boa parte dos ganhos registrados ao longo do dia para encerrar os negócios com estabilidade, mas ainda em campo positivo. Os futuros da oleaginosa terminaram o pregão subindo tímidos de 0,50 a 1 ponto nos principais contratos, com o março valendo US$ 8,80 e o maio, US$ 8,93 por bushel. 

Como já havia sido sinalizado por analistas no começo do dia, o início da recuperação e as altas ligeiramente mais consistentes que vinham sendo observadas eram frágeis e precisavam de mais informações para poderem ser mantidas. 

"O mercado aqui em Chicago sucumbiu à falta de novidades especulativas. O número de operações reduziu drasticamente, uma vez que o medo exagerado diante do Coronavírus vem sendo reduzido após a euforia da semana passada", explicam os especialistas da ARC Mercosul.

Agora, o mercado espera por mais e novas informações para que volte a se redirecionar. No entanto, ainda como explica a ARC, "o problema sanitário na China tomou uma proporção descomedida, principalmente pois as taxas de mortalidade não são tão graves quanto outras doenças
em dispersão pelo globo e as taxas de recuperação vem sendo elevadas com contenções sanitárias na China".

PREÇOS NO BRASIL

No Brasil, permanece a estabilidade dos preços nos portos, que ainda variam de R$ 85,00 a R$ 86,00 por saca nos principais indicativos. Já no interior, algumas praças de comercialização exibiram movimentações bastante intensas, respeitando suas realidades regionais. 

Praças de Mato Grosso como Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis perderam mais de 4%, levando as cotações a R$ 69,00 e R$ 68,00 por saca, enquanto em Castro, no Paraná, a alta foi de 1,84% para R$ 83,00, enquanto outras cidades paranaenses também registraram algumas altas, porém, mais tímidas.

Datagro reduz estimativa para safra de soja do Brasil, mas ainda vê recorde

SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja do Brasil deve atingir um recorde de 122,9 milhões de toneladas em 2019/20, puxada pelo 13º ano consecutivo de aumento na área plantada com a oleaginosa no país, estimou nesta quarta-feira a consultoria Datagro.

A empresa, porém, reduziu sua projeção em 2,5% na comparação com os números de dezembro, quando estimava 126,08 milhões de toneladas. Segundo a Datagro, a redução se deve a perdas nas safras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, atingidos pelo tempo seco.

Apesar da revisão, as cifras da consultoria ainda apontam para produção recorde, ultrapassando a marca de 122,30 milhões de toneladas de 2017 e superando a safra 2018/19 em 3%.

A área plantada com soja no país foi estimada em 37,09 milhões de hectares, com produtividade média de 3.319 kg por hectare.

"Os estímulos para o aumento de área estão relacionados aos altos preços médios, produtividade elevada, maior disponibilidade de crédito, demanda interna e externa firme e cenário interessante de preços neste ano de 2020", disse a Datagro em nota.

MILHO

A consultoria também revisou as estimativas para a produção de milho do Brasil em 2019/20, agora projetada em 100,35 milhões de toneladas, ante 102,99 milhões de toneladas vistos em dezembro e 101,70 milhões de toneladas na temporada passada.

Com a revisão, a Datagro deixa de projetar uma nova safra recorde para o grão no país.

A estimativa para a primeira safra é de 25,04 milhões de toneladas, redução de 8,1% em relação ao projetado em dezembro, diante de chuvas irregulares na região Sul.

Já a chamada "safrinha" deve somar 75,31 milhões de toneladas, praticamente estável ante o visto em dezembro, com área de 13,64 milhões de hectares.

"A preocupação é com a diminuição na janela de plantio da segunda safra em função do atraso no plantio da soja. Se o clima colaborar, o aumento de área se confirma. Caso o contrário, poderemos ter revisões para baixo significativas nesse total", disse em nota o coordenador da Datagro Grãos, Flávio França Júnior.

Adido do USDA eleva projeção de safra de soja 2019/20 do Brasil para 124,5 mi t

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  • SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deverá colher uma safra recorde de 124,5 milhões de toneladas de soja em 2019/20, disse nesta quarta-feira o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), em relatório, elevando sua previsão para a temporada.

A estimativa é superior a do próprio USDA, que prevê produção de 123,5 milhões de toneladas da oleaginosa no país --mesmo número projetado anteriormente pelo adido, conforme relatório de janeiro.

"(O adido) elevou a estimativa de produção em 1 milhão de toneladas com base em rendimentos melhores que o inicialmente esperado em Mato Grosso, e expectativas melhores para a produção no Rio Grande do Sul e no Nordeste", disse o relatório.

O Estado sulista e o Matopiba --região que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia-- sofreram com o mau tempo no início desta temporada, admitiu o adido, mas um aumento nos níveis de precipitação entre janeiro e fevereiro pode melhorar as produtividades médias nas áreas.

"Em geral, o adido acredita que a estimativa pode ser revisada para cima se o clima continuar cooperando", acrescentou.

O relatório trouxe também um leve aumento à previsão para a área plantada com a oleaginosa no país, a 36,9 milhões de hectares, tomando como base "ganhos marginais em diversos Estados."

O representante do USDA estimou ainda exportações de 75 milhões de toneladas de soja em 2019/20, número estável em relação ao de janeiro, embora acredite que o Brasil deva perder uma porção de sua fatia de exportações à China após a assinatura da Fase 1 do acordo comercial entre Washington e Pequim.

 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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