Soja fecha estável no Brasil e em Chicago nesta 5ª feira e negócios são limitados
Nesta quarta-feira (18), o dólar fechou em em baixa mais uma vez e renovou suas mínimas em seis semanas frente ao real, terminando o dia com R$ 4,06. As perdas acumuladas da moeda norte-americana e prêmios pressionados no Brasil vem promovendo uma correção nos preços da soja no cenário nacional.
Dessa forma, o dia foi, novamente, de referência estáveis no mercado nacional da oleaginosa. Afinal, além destes dois fatores, os futuros da commodity também terminaram os negócios desta quarta em campo negativo, marcando apenas leves baixas nos principais contratos.
Com boa parcela da nova safra já comercializada e uma oferta extremamente ajustada da safra velha, os negóiocs no Brasil já não são tão intensos. Ainda assim, como explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, a China segue fazendo ainda algumas compras de soja no Brasil, ajudando na manutenção dos indicativos.
E orientação de Vanin é de que o produtor brasileiro permaneça monitorando o mercado, com a possibilidade de que os prêmios voltem a se valorizar no país.
"Ao longo da safra, vamos ver os prêmios no interior do Brasil subindo porque a safra já está bastante comercializada. E também temos o esmagamento que será maior em função do B12. Então, tudo isso indica que o consumo será maior aqui no Brasil e que para 2020 o produtor não deverá ter grandes problemas. A questão realmente é lá pra frente, como isso vai se desenrolar para 2021 - EUA e China - aí poderemos ver uma concentração maior da China comprando nos EUA, o que pode trazer algum impacto para negativo para cá", explica o analista.
Nesta quarta-feira, a soja dispoível fechou com R$ 88,50 em Paranaguá e R$ 87,50 no porto de Rio Grande. Para a soja da safra nova, os preços se mantiveram em R$ 87,00 e R$ 87,50 por saca, respectivamente, ambos sem variação.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam o dia com pequenas baixas de 0,25 a 0,50 ponto nos principais vencimentos. O janeiro encerrou os negócios com US$ 9,28 e o março, US$ 9,40 por bushel.
Depois das últimas sessões de movimentações intensas e boas altas, o mercado parece dar uma pausa para reavaliar as últimas informações e se posicionar à espera de mais detalhes. Nas análises internacionais, os especialistas acreditam que as baixas próximas e fortes registradas perto do feriado do Dia de Ação de Graças, nos EUA, agora são compensadas pelas "altas do Natal".
Ainda assim, como explicam especialistas, o mercado se mantém otimista.
"O recente rali é baseado em novos fatores fundamentais, como o acordo EUA/China e o aumento nos impostos de exportação na Argentina. Isso, aliado ao sentimento psicologicamente otimista do período de festas de final de ano, favorece as cotações de soja na Bolsa de Chicago, apesar dessa no pregão noturno", diz Steve Cachia, consultor da
AgroCulte e da Cerealpar.
Ele explica ainda que o mercado pode voltar a garantir algumas realizações de lucros depois das últimas altas. "Outros podem entender que qualquer queda é uma oportunidade de compra a níveis mais baratos", explica.
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